bebê, recém nascido – Natalia Deriabina/Shutterstock.com
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (4), dados do Censo Demográfico 2022 que revelam mudanças nos nomes mais populares no Brasil. Maria mantém a liderança com 12,3 milhões de registros, um aumento de 21,42% em relação a 2010, enquanto José, com 5,1 milhões, caiu 23,47%. O levantamento, baseado em 90,7 milhões de domicílios, mostra tendências de nomes que crescem ou perdem força. A análise abrange 140 mil nomes próprios e destaca a estabilidade de alguns e o declínio de outros.
- Maria: 12,3 milhões de registros, com crescimento de 21,42%.
- José: 5,1 milhões, com queda de 23,47%.
- Pedro: Aumento de 24,4% em registros.
- Carlos: Maior queda, com redução de 39,8%.
O nome Pedro se destacou com um aumento de 24,4% nos registros, passando de 385.409 em 2010 para 479.410 em 2022. A estabilidade de João, com crescimento de 1,67%, reforça sua popularidade. Entre os nomes femininos, Ana mantém força com 893.009 registros na última década, crescendo 8,7%. Nomes como Julia e Francisca também figuram entre os mais usados.
Declínio de nomes tradicionais
Carlos registrou a maior queda entre os nomes masculinos, com redução de 39,8% em novos registros. Francisco e Antônio também perderam espaço, com quedas de 38,8% e 26,9%, respectivamente. Lucas e Gabriel, antes populares, caíram 35,8% e 39,22%, indicando uma mudança nas preferências.
Tendências por gênero no Censo 2022
Entre as mulheres, Maria segue imbatível, representando 6,05% da população. Ana, com 3,9 milhões de registros, mantém o segundo lugar. Francisca, Julia e Antônia completam o topo, mas nomes como Márcia e Patrícia aparecem menos em novos registros. Entre os homens, José lidera, seguido por João e Antônio, mas a queda em novos registros é notável. Pedro se destaca como o nome masculino com maior crescimento na última década.
Influência cultural nos nomes
A predominância de nomes como Maria e José reflete a herança cristã e portuguesa no Brasil. A escolha de nomes tradicionais está ligada a fatores religiosos e familiares. Nomes como Gael e Valentina, com forte crescimento desde 2010, mostram a busca por singularidade entre as novas gerações. A ferramenta Nomes no Brasil, lançada pelo IBGE, permite consultar a frequência de nomes por década e região. O site também inclui dados sobre sobrenomes, com Silva liderando com 34 milhões de registros.
Novas gerações e mudanças
Nomes modernos, como Gael, com 96,5 mil registros entre 2020 e 2022, indicam uma renovação nas escolhas. Valentina e Helena também ganharam popularidade, com idades medianas de 8 anos ou menos. Os dados mostram que nomes como Osvaldo e Terezinha, com idades medianas de 62 e 66 anos, estão em declínio. A plataforma do IBGE oferece detalhes sobre a distribuição geográfica e a evolução dos nomes. O levantamento destaca a diversidade cultural do Brasil, com mais de 140 mil nomes registrados.
Plataforma interativa do IBGE
O site Nomes no Brasil permite consultas detalhadas sobre nomes e sobrenomes. Usuários podem verificar a popularidade por estado, município e década de nascimento. A ferramenta também compara nomes brasileiros com os mais comuns em outros países, como Wang na China e John nos EUA.





