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- 11 de janeiro de 2025
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Presidente do SindiGoiânia acusa Mabel de retirar direitos dos servidores
Prefeitura esclarece que medidas de calamidade e emergência financeira têm objetivo otimizar os recursos públicos Publicado em: 11/01/2025 17:36 Presidente…
Prefeitura esclarece que medidas de calamidade e emergência financeira têm objetivo otimizar os recursos públicos
Presidente do SindiGoiânia acusa Mabel de retirar direitos dos servidores ( Imagem: Divulgação/ SidiGoiânia)
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Goiânia (SindiGoiânia), Ronaldo Gonzaga, criticou ações do atual prefeito Sandro Mabel (UB), em relação aos direitos dos trabalhadores da prefeitura. Gonzaga apontou as recentes medidas, incluindo cortes de benefícios e as alegações sobre a dívida municipal, que, segundo ele, estão responsabilizando injustamente os servidores.
Em entrevista ao Mais Goiás, Gonzaga destacou que, já no início do mandato, vários direitos dos trabalhadores foram retirados, incluindo gratificações salariais como o GDI (Gratificação por Desempenho Individual) e o PBI (Prêmio por Bonificação de Incentivo), além do cancelamento de férias previamente agendadas. Segundo ele, as medidas colocam os servidores em situação financeira precária. “Tem servidores que ganham abaixo do salário mínimo e, com essas gratificações, conseguiam complementar a renda”, afirmou Gonzaga.
O presidente do SindiGoiânia relembrou ainda que, durante a campanha eleitoral, o único pedido feito ao prefeito foi que os direitos dos trabalhadores fossem mantidos. “Assim que assumiu, ele baixou um decreto retirando vários direitos. Isso é um desrespeito”, lamentou.
Outro ponto de grande preocupação apontado por Gonzaga é a alegada dívida municipal de quase R$ 4 bilhões, apresentada pela gestão como justificativa para os cortes e a adoção de medidas de calamidade financeira. “Antes, a dívida era de R$ 1 bilhão, depois subiu para R$ 2 bi e agora dizem que são R$ 4 bilhões. Não acredito nesses números. Isso é uma tentativa de vender o caos e colocar a culpa nos servidores para justificar a retirada de direitos”, disse.
Ameaça de paralisação e mobilização dos servidores
Caso o diálogo com o prefeito não avance, Gonzaga prometeu acionar os demais sindicatos para organizar uma assembleia com indicativo de greve geral. “Se não houver acordo, vamos publicar no Diário Oficial a convocação de uma assembleia para discutir uma paralisação”, alertou.
O presidente defendeu os servidores que, segundo ele, foram criminalizados pela gestão municipal. “Na pandemia, foram esses trabalhadores que carregaram a prefeitura nas costas. Não aceito que sejam tratados como culpados pela má administração. A culpa é dos gestores que colocaram pessoas irresponsáveis para ocupar cargos comissionados”, criticou.
Resposta da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Goiânia esclareceu que as medidas de calamidade e emergência financeira têm como objetivo otimizar os recursos públicos e beneficiar a população.
O prefeito Sandro Mabel reafirmou o respeito pelos servidores públicos, mas destacou que práticas inadequadas não serão toleradas. “A gestão está aberta ao diálogo, com a agenda disponível para receber o presidente do sindicato”, informou o comunicado, ressaltando que há uma reunião marcada para a próxima segunda-feira (13).
A prefeitura defendeu as medidas de austeridade, afirmando que são necessárias para enfrentar a crise financeira e promover maior eficiência na administração pública.