Salários atrasados em Aparecida: sindicato convoca ato no dia 7/1

Com atraso em salários de servidores públicos municipais de Aparecida de Goiânia, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) está convocando funcionários para assembleia na próxima terça-feira (7/). A ação ocorrerá às 9h em frente à Cidade Administrativa Maguito Vilela, sede da prefeitura.

Segundo nota da entidade, o objetivo é para “cobrar os salários de dezembro, ainda não pagos, e defender demais interesses da categoria”. O texto continua dizendo que “na ocasião, também vamos debater a progressão no Plano de Carreiras que está há 1 ano atrasada e avaliaremos o cumprimento dos direitos trabalhistas no município. Diante do que for exposto, vamos definir estratégias de mobilização para cobrar a garantia de todos os direitos trabalhistas”, conclui.

Protesto em UPA

Indignados com o atraso no pagamento do salário do mês de dezembro, trabalhadores da saúde de Aparecida de Goiânia realizaram um protesto na porta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Buriti Sereno, na sexta-feira (3). Durante a manifestação, o Sindsaúde cobrou do novo prefeito, Leandro Vilela, o compromisso prioritário com a quitação da folha dos servidores municipais. Segundo o sindicato, nos últimos 15 anos, o salário dos servidores sempre foi pago dentro do mês trabalhado e que este atraso do pagamento deixa os servidores bastante apreensivos.

Sem previsão para quitar salários atrasados em Aparecida

Em nota ao Mais Goiás, a atual gestão da prefeitura de Aparecida disse que o ex-prefeito Vilmar Mariano deixou apenas R$ 9 milhões em caixa e R$ 300 milhões em dívidas, entre elas R$ 58 milhões da folha de dezembro de todos os servidores municipais; R$ 39 milhões do acerto de 4.250 servidores comissionados, que foram exonerados no dia 31 de dezembro pelo prefeito anterior; e R$ 21 milhões do subsídio do transporte público, que não paga desde julho de 2024

A nova gestão do prefeito Leandro Vilela (MDB) que assumiu o cargo na última quarta-feira (1°/1) assegurou que vai economizar, fazendo um contingenciamento de no mínimo 30% em contratações. Os contratos ativos também serão revisados para evitar ‘gastos e desperdícios’. A prioridade, segundo ele, será manter em dia os compromissos da atual gestão.

Sobre a folha de pagamento de dezembro, ainda não há previsão para quitação devido ao déficit financeiro. “Infelizmente, com apenas R$ 9 milhões em caixa e diante de uma dívida tão expressiva, não é possível pagar imediatamente os salários atrasados. Nosso foco inicial será pagar os compromissos que vencerão neste mês de janeiro e, na sequência, as dívidas herdadas”, explicou o prefeito.

O Mais Goiás não conseguiu contato com Vilmar Mariano, mas espaço segue aberto para qualquer posicionamento.