Atualmente, estima-se que 28 pessoas vivam no local
A prefeitura de Goiânia notificou novamente as famílias que ocupam irregularmente uma Área de Preservação Permanente (APP) no Residencial Real Conquista para deixarem o local. A ação da Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic) aconteceu na quarta-feira (6), conforme o município ao Mais Goiás. Na ocasião, os auditores-fiscais se depararam com descarte irregular de lixo e até mesmo dejetos se formando em locais próximos ao Córrego Baliza. A atuação contou com apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e também da Polícia Civil de Goiás (PCGO).
Gerente de Controle e Programação Fiscal da Sefic, José Aluísio Júnior diz que o município monitora a ocupação há mais de um ano. Atualmente, estima-se que 28 pessoas vivam no local. No local, os fiscais constataram a construção de moradias irregulares, inclusive com materiais de alvenaria. “Nós oficiamos a Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema), que esteve, inclusive, conosco na ação, que ia se desenrolar exatamente para a identificação desses infratores que, além de infração administrativa, estão cometendo crime ambiental.”
“Por conta da irregularidade da invasão, nós temos tido aqui pessoas que têm débito de justiça, já em monitoramento eletrônico, que estão aqui ameaçando, inclusive, os primeiros invasores e tomando as invasões. Há denúncias do aumento de tráfico de drogas na região, o que tem gerado um clima de insegurança para a comunidade local”, completa José Aluísio.
Os auditores-fiscais também apuraram ligações regulares de energia realizadas nos imóveis presentes na ocupação. “Nós temos visto demais e temos nos preocupado. São padrões de energia colocados regularmente em área irregular. Se fosse uma área de invasão, ela jamais poderia estar recebendo regularmente padrões de energia. O que nós vimos eram gatos de captação ilícita, furto de energia, mas agora nem isso. Nós temos nos deparado com padrões oficiais, padrões de energia regulares em áreas que são irregulares”, afirma.
Por fim, o auditor-fiscal afirma que a ocupação humana em áreas de preservação, principalmente quando essas áreas são destinadas à inundação de leitos, de córregos e ribeirões, é danosa. Segundo ele, a médio e longo prazo, isso vai provocar a diminuição do curso e até a sua supressão. “Então, é um negócio muito grave, que as grandes cidades têm enfrentado no País e até mesmo no mundo. Então, isso em Goiânia está sendo combatido de forma mais veemente, exatamente pensando num princípio de direito ambiental que a gente sempre gosta de falar. Nós não preservamos pensando no hoje, nós preservamos pensando nas futuras gerações”, conclui.
Anteriormente, a prefeitura já havia notificado que famílias deixassem a APP, no residencial. Essa nova notificação ocorre um dia após o prazo pela saída. Saiba mais AQUI.





