Hamilton – Foto: Instagram
Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1, enfrenta um início desafiador na Ferrari em 2025, marcado por resultados abaixo do esperado e uma polêmica declaração após o GP da Hungria. No último fim de semana, o piloto britânico, de 40 anos, classificou-se em 12º lugar e, em entrevista à Sky Sports, autointitulou-se “inútil”, sugerindo que a equipe italiana poderia substituí-lo. A fala gerou críticas, especialmente do ex-piloto da Ferrari Jean Alesi, que considerou a postura desrespeitosa. Enquanto isso, Charles Leclerc, companheiro de Hamilton, brilhou ao conquistar a pole position, destacando o contraste de desempenho na equipe. A controvérsia reacende debates sobre a adaptação de Hamilton à nova escuderia e sua competitividade em um momento crucial da temporada.
A declaração de Hamilton reflete a frustração do piloto, que ainda não subiu ao pódio nas 14 corridas disputadas em 2025. O britânico, conhecido por sua resiliência, negou ter perdido o amor pelo esporte, mas a pressão aumenta à medida que a Ferrari busca manter sua posição no campeonato de construtores. A equipe ocupa o segundo lugar com 260 pontos, enquanto Hamilton está em sexto no mundial de pilotos, com 109 pontos, atrás de Leclerc, que soma 151.
- Principais pontos do GP da Hungria:
- Hamilton terminou a classificação em 12º, longe do desempenho esperado.
- Leclerc conquistou a pole, reforçando a competitividade do carro da Ferrari.
- A declaração de Hamilton gerou desconforto interno e críticas públicas.
Reação de Jean Alesi à fala de Hamilton
Jean Alesi, ex-piloto da Ferrari entre 1991 e 1995, não poupou críticas à atitude de Hamilton. Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Alesi afirmou que a autocrítica do britânico foi desrespeitosa com a equipe, sugerindo que lendas como Ayrton Senna e Michael Schumacher nunca adotariam tal discurso. Segundo Alesi, a postura de Hamilton pode desmotivar os engenheiros e mecânicos que trabalham para otimizar o carro. Ele destacou que, apesar dos resultados ruins, o carro da Ferrari demonstrou potencial com a pole de Leclerc, indicando que o problema não está na equipe, mas no desempenho individual do piloto.
A crítica de Alesi ressoa entre os fãs e analistas, que questionam se Hamilton está enfrentando dificuldades para se adaptar ao estilo da Ferrari. A transição do britânico, que dominou a Fórmula 1 pela Mercedes, tem sido mais complicada do que o esperado. A pressão por resultados é ainda maior diante do histórico de sucesso da Ferrari, que busca retomar o protagonismo na categoria.
Desempenho de Hamilton na Ferrari em 2025
Hamilton chegou à Ferrari com grandes expectativas, mas os números mostram um início aquém de seu potencial. Sem pódios em 14 corridas, o piloto enfrenta uma temporada de altos e baixos. A comparação com Leclerc, que já conquistou poles e pódios, intensifica a pressão sobre o heptacampeão. Dados do campeonato mostram:
- Hamilton: 109 pontos, 6º lugar no mundial de pilotos.
- Leclerc: 151 pontos, 5º lugar no mundial de pilotos.
- Ferrari: 260 pontos, 2º lugar no campeonato de construtores.
A diferença de desempenho entre os pilotos da Ferrari levanta questões sobre a dinâmica interna da equipe. Leclerc, mais jovem e familiarizado com o carro, parece estar em vantagem, enquanto Hamilton luta para encontrar consistência. Apesar disso, o britânico mantém a confiança, afirmando que ainda ama correr e está comprometido com a recuperação.
Contexto do GP da Hungria
O GP da Hungria, realizado no circuito de Hungaroring, foi um marco negativo para Hamilton. A pista, conhecida por suas curvas travadas e dificuldades para ultrapassagens, exigiu um desempenho impecável na classificação, algo que Hamilton não conseguiu entregar. Leclerc, por outro lado, aproveitou o potencial do carro para garantir a pole position, reforçando a competitividade da Ferrari. A declaração de Hamilton pós-corrida, chamando-se de “inútil”, foi vista como um momento de vulnerabilidade, mas também de autocrítica excessiva, que não caiu bem entre os membros da equipe.
A Ferrari, que investiu pesado na contratação de Hamilton, esperava que o piloto trouxesse sua experiência para elevar o desempenho da escuderia. No entanto, os resultados até agora mostram que a integração do heptacampeão ainda está em andamento. A equipe precisa de consistência para competir com rivais como a Red Bull e a McLaren, que lideram o campeonato de construtores.
Histórico de polêmicas na Fórmula 1
Declarações polêmicas não são novidade na Fórmula 1, mas a fala de Hamilton se destaca pelo impacto dentro da própria equipe. No passado, pilotos como Senna e Schumacher enfrentaram momentos de pressão, mas mantiveram uma postura de confiança pública, mesmo em situações adversas. A crítica de Alesi remete a esse padrão:
- Senna: Conhecido por sua determinação, raramente criticava a equipe publicamente, mesmo em temporadas difíceis.
- Schumacher: Líder carismático, o alemão motivava a Ferrari mesmo nos anos sem títulos.
- Hamilton: A autocrítica pública é incomum em sua carreira, o que torna a declaração no GP da Hungria ainda mais marcante.
A comparação com essas lendas aumenta a pressão sobre Hamilton, que precisa provar que ainda pode competir no mais alto nível. A temporada de 2025, com suas 24 corridas, ainda oferece oportunidades para o britânico reverter o quadro, mas o tempo para adaptação está se esgotando.
Pressão interna na Ferrari
A dinâmica entre Hamilton e Leclerc é outro ponto de atenção. Leclerc, que já está na Ferrari desde 2019, consolidou-se como o líder técnico da equipe. Sua pole no GP da Hungria reforça sua posição, enquanto Hamilton enfrenta dificuldades para acompanhar o ritmo. A Ferrari, que busca o equilíbrio entre seus pilotos, precisa gerenciar essa tensão para manter a harmonia interna. A sugestão de Hamilton de “trocar de piloto” foi interpretada como um comentário impulsivo, mas também como um sinal de frustração com sua própria performance.
Engenheiros e estrategistas da Ferrari estão sob pressão para otimizar o carro para ambos os pilotos. Apesar dos desafios, a equipe mantém a vice-liderança no campeonato de construtores, o que demonstra a força do projeto. No entanto, para alcançar o título, a Ferrari precisa de consistência de Hamilton e Leclerc, algo que ainda não foi alcançado em 2025.
Repercussão entre fãs e analistas
A declaração de Hamilton gerou reações mistas. Nas redes sociais, alguns fãs defenderam o piloto, destacando sua honestidade e vulnerabilidade, enquanto outros criticaram a falta de confiança em um momento crucial. Analistas apontam que a fala pode ter sido um desabafo, mas reforçam a importância de Hamilton recuperar a mentalidade de campeão. A Fórmula 1 é um esporte onde a confiança mental é tão crucial quanto o talento, e a Ferrari espera que Hamilton supere essa fase.
A mídia especializada também destacou a crítica de Alesi, com debates sobre o impacto da declaração no moral da equipe. Jornais como o Corriere della Sera e portais como Autosport sugerem que Hamilton precisa de um resultado positivo nas próximas corridas para silenciar os críticos. A próxima etapa, o GP da Bélgica, será uma oportunidade para o britânico mostrar sua recuperação.
Futuro de Hamilton na Ferrari
Apesar do início difícil, Hamilton tem contrato com a Ferrari até o final de 2026, o que lhe dá tempo para se adaptar. A equipe, que investiu na experiência do heptacampeão, acredita em sua capacidade de liderar o projeto a longo prazo. No entanto, os resultados de 2025 serão cruciais para definir o papel de Hamilton na escuderia. A Ferrari, que não vence o campeonato de pilotos desde 2007, espera que o britânico traga sua expertise para encerrar o jejum.
A temporada ainda tem 10 corridas pela frente, e Hamilton já demonstrou no passado sua capacidade de superar adversidades. A pressão, no entanto, é alta, especialmente com a ascensão de jovens talentos como Gabriel Bortoleto, apontado como uma possível futura estrela da Fórmula 1. A Ferrari precisará equilibrar o apoio a Hamilton com a necessidade de resultados imediatos.





