- Interior
- 17 de dezembro de 2024
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Esquema bilionário de tráfico internacional de drogas tem vínculo com Goiás
Investigação da PF alusiva ao esquema de tráfico internacional de drogas teve início em abril de 2023, com apreensão de…
Investigação da PF alusiva ao esquema de tráfico internacional de drogas teve início em abril de 2023, com apreensão de 1,5 tonelada de droga
Viatura da Polícia Federal (Foto: Divulgação)
Goiás é um dos cinco estados que têm vínculo com esquema de tráfico internacional de drogas que movimentou pelo menos R$ 2 bilhões em cerca de dois anos. Esse esquema foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (17), que resultou no cumprimento de 19 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão.
Em nota, a PF informou que um dos suspeitos foi incluído na lista de alerta vermelho da Interpol. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara de Criminal da Justiça Federal. Além de Goiás, a operação da PF alcançou Distrito Federal, Minas Gerais, Amazonas e Bahia.
As investigações tiveram início em abril de 2023, com a apreensão de 1,5 tonelada de drogas e cinco fuzis pela Polícia Civil do Amazonas. A droga teria como destino o Distrito Federal. “Desde então, a PF já deflagrou três operações com o fim de identificar os envolvidos e se deparou com uma complexa rede de empresas de fachada”. Ocorreu o bloqueio de contas de 38 investigados e o cancelamento de atividades de sete empresas.
O grupo, segundo a corporação, movimentaria recursos com remessas de valores inclusive para a Colômbia, onde reside um dos suspeitos, para o pagamento das drogas. “O inquérito policial aponta mais de R$ 2,2 bilhões em movimentações financeiras pelo grupo em apenas dois anos, o que demonstra a magnitude da operação criminosa”.
“As investigações conseguiram mapear quase 40 suspeitos entre gestores financeiros, traficantes e laranjas do grupo, além de ter apreendido armas, munições, drogas e diversos bens de luxo como relógios e veículos.”
A PF disse haver indícios ainda de prática de crimes violentos contra membros da própria organização. “Um dos suspeitos, que atuaria como ‘mula’, teria sido sequestrado e torturado pela liderança do esquema após suspeita de desaparecimento de drogas”.
“Outro investigado seria um dos líderes de uma facção criminosa na Região Nordeste, mais especificamente, nos estados da Bahia e de Sergipe. As investigações seguem em andamento.”