- Interior
- 10 de dezembro de 2024
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Citado no caso Escobar, prefeito de Anápolis reage: ‘cortina de fumaça’
"Verdadeiros culpados estão usando essas pessoas para criar cortina de fumaça para complicar a investigação do Ministério Público e da…
“Verdadeiros culpados estão usando essas pessoas para criar cortina de fumaça para complicar a investigação do Ministério Público e da Justiça”
Prefeito de Anápolis nega envolvimento com caso Escobar: ‘cortina de fumaça’ (Foto: Reprodução)
O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (Republicanos), reagiu, nesta terça-feira (10), a acusação do policial militar Thiago Marcelino Machado, que está preso suspeito de envolvimento com um grupo de execuções por encomenda – inclusive, a morte de Fábio Escobar -, de ter sido o mandante do assassinato do empresário.
Durante audiência no julgamento do caso, na segunda-feira (9), Thiago disse que Naves seria a pessoa por trás do crime. “Nós levantamos que foi ele quem mandou matar o Escobar. Por que ele mandou matar o Escobar? A Textil Med [lavanderia em que Fábio Escobar era sócio oculto] tem um contrato com a prefeitura [de Anápolis], e desse contrato o tal do Escobar tinha uma porcentagem que precisava passar para o prefeito. O Escobar não tava [sic] passando, e o que o prefeito fez? Mandou matar ele. Simples.”
Naves, por sua vez, disse que não teve nenhum tipo de negócio com o empresário e que não tem “nada a ver com o crime do Fábio Escobar e com nenhum outro crime”. Ele reforçou que confia no Ministério Público e no Judiciário. Ele ainda afirmou que sofre com uma campanha de difamação e calúnias, por meio de blogs pagos pela oposição. “Verdadeiros culpados estão usando essas pessoas para criar cortina de fumaça para complicar a investigação do Ministério Público e da Justiça.”
O pai de Fábio, o ex-vereador José Escobar, afirmou nas redes sociais que esse depoimento é uma “tentativa de tumultuar o caso buscando a anulação do julgamento e evitar a condenação dos verdadeiros responsáveis pela morte”.
Caso Escobar
Pablo Escobar teria sido morto, em junho de 2021, após denúncias feitas por ele de corrupção em Anápolis. Desde as acusações, que recaíam principalmente sobre Cacai Toledo, ele passou a ser ameaçado de morte. Um coronel da Polícia Militar de Goiás chegou a denunciar que foi procurado pelo político para conversar sobre Escobar e avisado de que a única forma de resolver o problema seria a morte do empresário.