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- 14 de março de 2025
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PMMA: o que é a substância usada por Karine Gouveia e marido em clínica ilegal
Produto não é indicado para aumento de volume estético por se tratar de um composto plástico e permanente Publicado em:…
Produto não é indicado para aumento de volume estético por se tratar de um composto plástico e permanente

Foto: Redes Sociais
O casal de influenciadores Karine Gouveia e Paulo César Dias continua preso de forma preventiva após a denúncia de que usavam polimetilmetacrilato, também conhecido como PMMA, e óleo de silicone em uma clínica ilegal localizada em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, os produtos causaram deformação física nos pacientes. O casal também comercializava itens ilícitos pela internet. Mas o que é o PMMA?
O PMMA é uma substância plástica, que portanto não é reabsorvível pelo organismo, que pode ser utilizada como um preenchedor em forma de gel. Ela é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada com apenas duas finalidades: correção volumétrica de pequenas deformidades e em casos de lipodistrofia – uma perda de gordura que pode ocorrer em pessoas que vivem com HIV.
Logo, ele não é indicado para aumento de volume estético e para grandes áreas do corpo por se tratar de um composto plástico e permanente. De forma mais profunda na pele, ele pode desencadear complicações graves, como infecções e a rejeição do corpo. Além disso, por não ser reabsorvível pelo organismo, o PMMA se adere a estruturas como músculos e ossos, o que torna a sua remoção quase impossível.
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Meses atrás a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu um comunicado destacando a importância de um cuidado no uso do PMMA, já que os resultados podem ser “imprevisíveis e indesejáveis, incluindo reações incuráveis e persistentes”.
Também foi apontado que o uso da substância pode causar reações imediatas ou em curto prazo, como: edemas locais, processos inflamatórios, reações alérgicas e formação de granuloma; e tardias, muitos anos após a realização da injeção.
Em janeiro deste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu à Anvisa que o polimetilmetacrilato (PMMA) fosse banido no Brasil como substância preenchedora.
“Na avaliação da Autarquia, o produto, que vem causando lesões e até morte de pacientes em procedimentos invasivos, deve ser proibido”, afirma a nota do CFM.
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*VIA O GLOBO