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  • 14 de março de 2025
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Advogado de Karine Gouveia fala em ‘prisão desnecessária’ e ‘narrativas falsas’

O advogado da influenciadora Karine Gouveia, Romero Ferraz Filho, afirma que a nova prisão da cliente dele (detida com o…

O advogado da influenciadora Karine Gouveia, Romero Ferraz Filho, afirma que a nova prisão da cliente dele (detida com o marido, Paulo Cesar Dias Gonçalves), na quarta-feira (12), “se valeu de narrativas falsas e da repugnante criminalização da advocacia para tentar impedir o direito constitucional de defesa, evidenciando práticas de lawfare”. Ele ainda disse que a prisão é desnecessária, pois caberiam medidas cautelares.

Karine e Paulo Cesar são acusados de lesionar pacientes em uma clínica de estética em Goiânia. Na quinta-feira (13), houve a manutenção da prisão em audiência de custódia. A decisão foi da juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães. Ela também determinou o encaminhamento deles ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Como Karine alega “maternidade de criança menor de 7 anos”, a juíza determinou ao Conselho Tutelar averiguar a alegação, “a fim de que tome ciência da presente decisão efetivando um estudo de situação do(s) infante(s) caso exista(m) e resida(m) no (s) endereço(s) fornecido(s) nesse caderno flagrância”.

Prisão

O casal foi preso novamente na quarta-feira (12). O motivo da nova prisão é a suspeita de que a dupla usava outros produtos proibidos, como óleo de silicone, além de continuarem comercializando itens ilícitos pela internet e tentarem atrapalhar as investigações.

Conforme o delegado Daniel José de Oliveira, da 4ª Delegacia Distrital de Goiânia, a nova prisão foi necessária também porque o casal estaria tentando atrapalhar as investigações.

“As provas já colhidas indicam que os investigados usaram diversas manobras para embaraçar as investigações, como a subcontratação de advogados para acompanhar e manipular as declarações dos demais investigados. Eles também desrespeitaram uma determinação judicial e continuaram vendendo, pela Internet, os medicamentos”, disse.

Existe a suspeita, também, de que alguns pacientes que realizaram procedimentos estéticos na Clínica Karine Gouveia tiveram óleo de silicone aplicado em seus rotos. Diante dessa nova descoberta, o delegado pediu que os pacientes que tiveram lesões façam novos exames, para conseguirem descobrir o que foi aplicado.

Karine Gouveia e o marido foram liberados após quase 60 dias presos

Presos temporariamente por 30 dias no final do ano passado, Karine Gouveia e o marido ficaram na cadeia durante quase dois meses, mas foram liberados no início de fevereiro. Até agora, a PC já ouviu 60 pacientes da clínica, que comprovaram, por meio de laudos, terem ficado com lesões. Muitos dos pacientes alegam que tiveram substâncias proibidas, como o PMMA, aplicadas em seus rostos sem o conhecimento deles.

Nota da defesa de Karine Gouveia

“A defesa de Karine Gouveia discorda absolutamente da decisão que foi decretada a sua prisão preventiva, isso porque se valeu de narrativas falsas e da repugnante criminalização da advocacia para tentar impedir o direito constitucional de defesa, evidenciando práticas de lawfare.

Ressalta que muito embora tenha profundo respeito por todas as investigações, não se pode tolerar no Estado de Direito a criação mental para manipular o Ministério Público e o Poder Judiciário, em uma tentativa desesperada de salvar uma investigação cheia de vícios e que nunca foi submetida ao Poder Judiciário para controle de legalidade.

Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça entendeu que a prisão é absolutamente desnecessária, daí porque seriam suficientes as medidas cautelares que foram impostas, as quais estão sendo cumpridas à risca por Karine.

Portanto, a sua liberdade será requerida se valendo de todos os meios legais, como sempre o fez, inclusive buscando todas as instâncias do Poder Judiciário, se preciso for.”

Nota da defesa de Paulo Cesar

“A decretação da prisão preventiva de Paulo Cesar Dias Gonçalves é uma decisão absurda, que não se sustenta juridicamente. O próprio STJ, através da ministra Daniela Teixeira, já disse que, neste caso, é desproporcional e desnecessária, portanto, ilegal. Paulo César estava submisso a medidas cautelares diversas da prisão, as cumprindo na íntegra. O que está havendo é uma série de situações inventadas pela Polícia Civil de Goiás, sem nenhum documento e sem nenhuma prova ou indício.

São apenas falácias e narrativas na tentativa de induzir a erro o Poder Judiciário. Já estamos trabalhando, elaborando os recursos cabíveis e necessários, e iremos acionar todas as instâncias do Poder Judiciário, até mesmo, se necessário, o STJ e o STF, objetivando cessar esta absoluta ilegalidade.”

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