- Interior
- 5 de novembro de 2024
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“Não sei quantas cirurgias vou precisar”, diz mulher que teve a mão cortada pelo ex-marido
Railma Lisboa, de 26 anos, é mãe de dois filhos. Ela agradeceu as doações e orações recebidas, mas contou que…
Railma Lisboa, de 26 anos, é mãe de dois filhos. Ela agradeceu as doações e orações recebidas, mas contou que a recuperação está difícil
Mulher que teve a mão cortada pelo ex em Anápolis tinha medida protetiva (Foto: Reprodução)
Railma Lisboa da Silva, de 26 anos, sobreviveu a uma tentativa de feminicídio em Anápolis no dia 24 de outubro e falou pela primeira vez desde o ocorrido. Em um vídeo , Railma agradeceu as doações e orações recebidas e contou que a recuperação está difícil, mas ela segue esperançosa.
“Agradeço todas as doações recebidas e todas as orações. O processo continua, não sei quantas cirurgias vou precisar, mas já saí da UTI e do estado gravíssimo que eu estava para moderado. Agradeço vocês de coração”, disse.
O crime ocorreu no bairro São Jerônimo enquanto Railma ia para a faculdade na garupa de um mototaxista. O ex-marido, identificado como Marcos José Cardoso, de 42 anos, a perseguiu e a atacou com um facão após jogar o carro para cima da moto em que ela estava. Os golpes resultaram na amputação da mão e parte do braço da vítima, além de lesões no couro cabeludo. Apesar da gravidade dos ferimentos, os médicos conseguiram reimplantar a mão.
Família pede ajuda
Railma é mãe de duas crianças, de 7 e 9 anos, e atualmente vive com a irmã, que precisou deixar o emprego para cuidar dos sobrinhos enquanto a mulher se recupera.
A família enfrenta agora limitações físicas e emocionais e pede apoio da comunidade para superar essa nova realidade. Quem deseja contribuir pode fazer doações via PIX para Renata Silva Lisboa ([email protected]), irmã de Railma. Para mais informações, o contato da família é (62) 98158-8136.
Vítima tinha medida protetiva
A vítima havia conseguido uma medida protetiva contra seu ex-companheiro dois dias antes do crime. A delegada Isabella Joy, responsável pelas investigações, afirmou que Railma procurou a Polícia Civil na semana anterior ao ocorrido após perceber que estava sendo seguida por Marcos. Em 2022, ela já havia solicitado uma medida protetiva contra ele, mas retirou a denúncia dias depois.
Atualmente preso em Anápolis, Marcos José passou pela audiência de custódia nesta segunda-feira, 04, e teve a prisão convertida em preventiva por tentativa de feminicídio.