A onda de piadas, contudo, não preocupa o governo. A análise partiu de pessoas do entorno de Haddad, que informaram que o Ministério da Fazenda acompanha os memes com “bom humor”.
‘Taxad’: Redes sociais foram invadidas por memes sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Reprodução/X
Os produtos com preços de até US$ 50 serão tributados com um imposto de importação de 20%, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17% — e que já existia. A porcentagem, no entanto, é menor que os 60% aplicados a compras acima desse valor.
Desdobramentos da reforma tributária
Os desdobramentos na votação da reforma tributária, que pode aumentar a carga tributária de alguns produtos e serviços, também alimentou as piadas, mas, na avaliação de aliados de Haddad, o trabalho conduzido pelo ministro rebate as acusações de “forma sólida”.
Com a reforma tributária, cinco tributos que atualmente incidem sobre consumo: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS, serão substituídos por dois novos, que formam o IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
O primeiro projeto que regulamenta a medida foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 10 de julho, mas ainda precisa passar pelo Senado.
É importante lembrar que as regras da reforma tributária serão aplicadas de forma escalonada nos próximos anos, e todos seus efeitos serão sentidos ao longo do tempo.
Entre os assuntos mais comentados
Na manhã desta terça-feira (16), a palavra “taxação” chegou a ficar em 2º lugar nos assuntos mais comentados do X, antigo Twitter. Alguns usuários da rede social acusam o movimento de ser articulado para manchar a imagem do ministro.
O secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, elogiou Haddad e seu esforço na área econômica, inclusive para aprovação da reforma tributária (entenda mais abaixo). Disse também que a possibilidade desse movimento de memes ser algo articulado não está no radar do partido.
‘Taxad’: Redes sociais foram invadidas por memes sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Reprodução/X
Aumento de impostos gera críticas ao ministro
O senador chegou a pedir, nesta semana, uma extensão de prazo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para analisar as medidas de compensação enviadas pelo governo. O ministro Edson Fachin, do STF, prorrogou o prazo até 11 de setembro.
‘Taxad’: Redes sociais foram invadidas por memes sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Reprodução/X
Pela lei, o bloqueio acontece quando há crescimento das despesas obrigatórias — como os pagamentos da Previdência, por exemplo. Nesse caso, o governo precisa cortar esses gastos para ficar dentro do limite previsto.
Já o contingenciamento, por sua vez, é feito quando a receita é menor do que o previsto e o governo precisa segurar os gastos.
A meta fiscal do governo para este ano é de déficit zero, ou seja, não gastar nada além do que foi arrecadado. O crescimento das despesas também tem um teto de 2,5%.