- Política
- 25 de fevereiro de 2025
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Solução de Daniel Vilela pode ser candidaturas múltiplas ao Senado
A solução para o vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao montar sua chapa para 2026 pode estar no passado recente. Em…
A solução para o vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao montar sua chapa para 2026 pode estar no passado recente. Em 2022, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) não contemplou um nome para ocupar a vaga de candidato ao seu Senado em grupo, permitindo múltiplas candidaturas – aprovado pela Justiça Eleitoral. O emedebista, a fim de evitar desgastes, pode ficar na mesma situação.
Hoje, Daniel já tem como certo o apoio à candidatura da primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado, ao Senado, que deve sair pelo União Brasil. No entorno do Distrito Federal, prefeitos e lideranças políticas se organizam para indicar, ao menos, o vice na chapa. Além disso, outros nomes e partidos estão de olho e esperam ser contemplados.
A base de Caiado é extensa e inclui, por exemplo – além de União Brasil e MDB -, Republicanos, Podemos, PP, PDT, PRD, além de siglas menores, como Avante e Agir. Tradicionalmente, a chapa ao governo de 2026 incluiria o cabeça (Daniel), o vice e dois nomes ao Senado, com mais dois suplentes cada.
No Senado, são duas cadeiras em 2026. Uma já estaria com o União Brasil e a cabeça com o MDB. Sobram, pelo menos, sete partidos. Por isso, a possibilidade de disputa avulsa.
O deputado federal Zacharias Calil (União Brasil) já disse que, com a primeira-dama Gracinha Caiado na chapa, ele fica sem espaço. Além disso, também confirmou que será candidato. Com isso, deve procurar outra legenda. O Podemos e o Republicanos estão no radar. Além disso, o presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, já teve conversas com o goiano – nesse caso, para concorrer ao governo, que não estaria nos planos do congressista.
Pelo PP, o presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e líder do partido em Goiás, Alexandre Baldy, também é pré-candidato, como foi em 2022. Outros nomes que já circularam também foram do ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB), do presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (União Brasil) e da deputada federal Magda Mofatto (PRD).
O advogado e ex-senador Demóstenes Torres também já foi ventilado. Hoje sem partido, ele poderia se filiar a alguma sigla da base. Tudo isso reduz a facilidade de negociação.
Mas é preciso lembrar, contudo, que em 2022 o governo teve três candidaturas, em vez de uma, como seria o tradicional. Delegado Waldir (União Brasil), Alexandre Baldy (PP) e Vilmar Rocha (PSD).
Nenhum alcançou a Casa Alta do Congresso. O melhor colocado foi Waldir, que ficou em terceiro lugar. Porém, para 2026 a situação pode ser diferente, uma vez que pesquisas já mostram o favoritismo de Garcinha Caiado.
Professor e cientista político, Marcos Marinho lembra que Caiado não será o cabeça de chapa e que os partidos da base, naturalmente, não têm a mesma relação com o emedebista. “Então, a tendência é a pulverização, até porque são duas vagas”, diz e ressalta que a Gracinha pode ocupar uma delas.
Assim, ele acredita que Daniel não conseguirá “fechar questão” em apenas dois candidatos pela tamanho da base, “mesmo se ele quisesse”. “Não dá para cercear o direito da base lançar candidatos. Tem vários partidos com condição e estrutura para lançar.”