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Sem citar Rússia, governo brasileiro condena bombardeio contra hospital pediátrico na Ucrânia

O bombardeio russo desta segunda foi um dos piores contra a Ucrânia desde o início da guerra, em 2022. Pelo menos 41 pessoas morreram, incluindo três crianças, em todo o país.

O hospital pediátrico Ohmatdyt, o maior de Kiev, ficou parcialmente destruído. Segundo as autoridades, mais de 40 mísseis russos foram disparados contra a capital ucraniana.

Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro condena ataques em áreas densamente povoadas, “especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis”.

O Brasil pediu ainda que “as partes no conflito” cumpram o que determina o direito internacional humanitário, incluindo a proteção de instalações hospitalares.

Por fim, o governo defendeu que haja diálogo para que se chegar a uma solução pacífica na guerra.

“Até que os atores relevantes se engajem de forma genuína e eficaz em negociações de paz, o Brasil reitera o apelo para que três princípios para a desescalada da situação sejam observados: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte.”

A Rússia negou ter bombardeado alvos civis e disse que os alvos atacados miraram apenas bases aéreas militares em território ucraniano.

Vista aérea de hospital pediátrico parcialmente destruído após bombardeio em Kiev, em 8 de julho de 2024. — Foto: Thomas Peter/ Reuters

Leia a nota do Itamaraty na íntegra

“O governo brasileiro condena o bombardeio que atingiu hoje o hospital infantil Ohmatdyt, em Kiev, que resultou em número expressivo de vítimas fatais, incluindo crianças. O governo brasileiro reitera sua condenação a ataques em áreas densamente povoadas, especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e a seus familiares.

O Brasil exorta as partes no conflito a cumprirem suas obrigações perante o direito internacional humanitário, inclusive a proteção especial conferida a instalações e unidades médicas, que devem ser respeitadas em todas as circunstâncias.

O governo brasileiro continua a defender o diálogo e uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia. Até que os atores relevantes se engajem de forma genuína e eficaz em negociações de paz, o Brasil reitera o apelo para que três princípios para a desescalada da situação sejam observados: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte.”

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