Órgão mantém punição e Lyon segue proibido de contratar e inscrever jogadores

Por O Globo – Os dirigentes do Lyon se reuniram, nesta sexta-feira, com a comissão de recurso da Federação Francesa de Futebol (FFF) para tentar barrar o tranfer ban sofrido pelo clube em novembro do ano passado. Contudo, segundo o jornal L’Équipe, o órgão manteve as punições determinadas pela Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da liga francesa.

Com isso, o time de John Textor segue proibido de contratar e inscrever jogadores. A DNCG, também em novembro, impôs um rebaixamento ao Lyon, caso não melhorasse sua situação econômica, mas esta medida não foi debatida na reunião desta sexta-feira, pelo menos é o que informa o portal francês. Agora, o clube francês terá que apresentar garantias financeiras ao final desta temporada.

Essa decisão pode impactar diretamente no Botafogo. Isso porque o meio-campista Thiago Almada, que estava a caminho da França para se apresentar ao Lyon, não sabe qual será o seu futuro e, pelo menos até o momento, segue como jogador do time alvinegro. A medida também impede que Luiz Henrique defenda o clube francês em 2025.

A imprensa francesa já havia noticiado que a expectativa dos dirigentes do Lyon era de que o encontro de hoje servisse apenas para apresentações de provas financeiras. Além disso, ninguém de dentro do clube acreditavam que o fim do transfer ban aconteceria hoje e eles já estavam preparados para essa decisão.

Apesar do problema financeiro na França, John Textor está próximo de um acordo com grupo de investidores que prevê injeção de R$ 1,5 bilhão em sua holding. O Sportsbank, grupo de investimento esportivo que tem como consultor o ex-diretor do Everton-ING e experiente financista de futebol Keith Harris, entrou em um período de exclusividade para se tornar investidor da Eagle Football.

Além disso, o empresário americano, cuja holding possui participação de 45% no Crystal Palace-ING, já havia feito acerto semelhante com um grupo americano-saudita para a compra direta das ações no clube inglês, conforme relatado pelo The Athletic na última segunda-feira.

Os dois acordos são totalmente separados. O Sportsbank busca financiar a Eagle — que também tem participações majoritárias no Lyon, da França; no Botafogo e no RWD Molenbeek, da Bélgica. Já a oferta americana-saudita consistiria em uma compra direta das ações da holding de Textor no Palace.