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No G7, seis líderes enfraquecidos por crises internas e ameaças populistas contrastam com a vitoriosa premiê italiana, de extrema direita

Anfitriã da cúpula, Giorgia Meloni saboreia o triunfo de seu partido nas eleições do Parlamento Europeu e se apresenta como modelo de estabilidade.


Movimentação no Castelo Federiciano, local onde ocorrerá o primeiro jantar da cúpula do G7 — Foto: Claudia Greco/Reuters

Nem o cenário paradisíaco de um resort de luxo de frente para o Mar Adriático disfarça o clima pesado da reunião de cúpula do G7, sob a ameaça do recrudescimento populista nas principais potências. Acuados internamente por derrotas e turbulências políticas, líderes como Joe Biden, dos EUA, Emmanuel Macron, da França, Olaf Scholz, da Alemanha, Rishi Sunak, do Reino Unido, Justin Trudeau, do Canadá e Fumio Kishida, do Japão, enfrentam dias difíceis no refúgio italiano.

Curiosamente, a Itália agora comandada pela premiê se apresenta no momento como um modelo de estabilidade no bloco das nações mais ricas do mundo, embora tenha trocado 70 vezes de governo nas últimas sete décadas.

Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália — Foto: Tiziana FABI / AFP

Por fim, ainda temos Trudeau, que enfrenta queda de popularidade e o desgaste interno de oito anos à frente do governo canadense. E Kishida, ainda abalado por um escândalo de corrupção, no fim do ano passado, que levou à demissão de quatro ministros, e balança os alicerces do Partido Liberal Democrata.

Acordo sobre ativos russos

Longe de casa, os seis líderes do G7 buscam desviar-se das crises domésticas para chegar a um acordo sobre o destino dos ativos russos congelados, que serviriam para financiar a reconstrução da Ucrânia, e intensificar as pressões para um cessar-fogo entre Israel e Hamas.

Já a fortalecida Meloni, que tem servido como esteio ao bloco pelo apoio à Ucrânia, corre por fora para impor a sua agenda própria no G7. Conseguiu, por exemplo, tirar qualquer referência ao aborto da declaração final.

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