Mabel decide não prestar contas à Câmara; entenda

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), decidiu não prestar contas à Câmara de Goiânia sobre o terceiro quadrimestre de 2024. A afirmação foi feita ao Mais Goiás. A avaliação que o chefe do executivo faz é de que não lhe cabe apresentar um balanço de um período onde não estava à frente do Paço Municipal. Em contrapartida, ele ressalta que irá enviar um corpo técnico de servidores da Prefeitura à audiência, prevista para acontecer no próximo dia 24 de março.

O convite para a prestação do balanço fiscal aconteceu na última terça-feira (11/3), quando o presidente da Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Cabo Senna (PRD) enviou um ofício ao prefeito informando-o sobre a reunião. De acordo com o documento, ao qual este portal teve acesso, a audiência servirá para detalhar os dados do relatório de gestão fiscal, analisando a situação econômica e financeira do município.

Entre os pontos a serem abordados estão a arrecadação de receitas, os custos com educação e saúde discriminados por natureza de despesa, além da disponibilidade de recursos para investimentos e novos gastos.

Líder do Governo na Câmara, Igor Franco (MDB) defende a decisão do prefeito e minimiza eventuais ruídos entre vereadores e Mabel. “Como o prefeito vai prestar contas de uma gestão anterior? Para mim isso não tem coerência. Não faz sentido”, pontuou.

Ele destacou que a equipe técnica que Mabel enviar saberá responder as questões. “Se algum vereador ficar com alguma dúvida que caiba ao prefeito responder, o presidente da Comissão poderá fazer um convite para ele ir, sem problema algum. Mas nesse momento, não será necessário”, destacou.

Franco destaca que Mabel tem ampla maioria de vereadores na Câmara com aproximadamente 29 parlamentares dando sustentação a gestão no Paço Municipal e pacifica qualquer ruído existente. “Não vejo a mínima necessidade dele estar presente para prestar contas de uma gestão que não era a sua. Uma equipe técnica faz isso tranquilamente. A presença do prefeito seria apenas pro-forma”, ponderou.