O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta terça-feira (25), em rede social, a soltura do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, escreveu.
Assange deixou a prisão no Reino Unido nesta segunda-feira (24) após chegar a um acordo com a Justiça dos Estados Unidos para se declarar culpado em acusações de espionagem. Como o tempo de pena já foi cumprido na “prisão preventiva”, ele foi solto.
Nos últimos anos, o presidente criticou em várias oportunidades a prisão de Assange, que ficou 1.901 dias detidos. Já no terceiro mandato, em 2023, citou o caso em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, por exemplo.
Julian Assange deixa a prisão no Reino Unido
Confissão, soltura e volta para casa
Julian Assange seguiu do Reino Unido para os Estados Unidos, onde vai se declarar culpado por violar a lei de espionagem dos EUA, segundo documento emitido pela Justiça dos EUA.
Assange assumirá uma acusação criminal — de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA — em audiência nas Ilhas Marianas do Norte às 20h de terça-feira no horário de Brasília.
Na audiência, o fundador do WikiLeaks deve ser sentenciado a 62 meses de prisão – tempo que ele já cumpriu no Reino Unido.
Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão.
Os EUA queriam julgar Assange por vazar 700 mil documentos confidenciais desde 2010 sobre as atividades militares e diplomáticas americanas, principalmente no Iraque e Afeganistão. Caso fosse extraditado para os EUA, ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.