Paul Mackenzie ordenou aos seus seguidores no sudeste do Quênia que matassem de fome a si próprios e aos seus filhos para que pudessem ir para o céu antes do fim do mundo. O crime ficou conhecido como uma das maiores tragédias da história do país.
Seita religiosa deixa mortos no Quênia
Um juiz queniano ordenou nesta quarta-feira (17) que o líder de uma seita Paul Mackenzie e 30 seguidores fossem submetidos às avaliações de saúde mental antes de serem acusados do assassinato de 191 crianças.
As autoridades locais dizem que Mackenzie, o chefe da Igreja Good News International, ordenou aos seus seguidores no sudeste do Quênia que matassem de fome a si próprios e aos seus filhos para que pudessem ir para o céu antes do fim do mundo.
O crime ficou conhecido como uma das maiores tragédias da história do país. Isso porque mais de 400 corpos foram encontrados após o início das investigações.
Os promotores dizem que vão acusar 95 pessoas no total por homicídio, homicídio culposo, terrorismo e tortura. O líder da seita está sob custódia desde que a polícia começou a desenterrar os corpos na floresta de Shakahola.
Com sucursais em várias regiões do Quênia, a Igreja Internacional das Boas Novas conta com mais de 3.000 membros, mil deles na cidade costeira de Malindi, onde tinha se instalado.
Paul Mackenzie, líder da seita no Quênia — Foto: REUTERS/Stringer
Pessoas próximas atividades da seita disseram à Reuters no ano passado que Mackenzie planejou a fome em massa em três fases: primeiro as crianças, depois as mulheres e os homens jovens e, finalmente, os homens restantes.
Ex-motorista de táxi, Mackenzie proibiu os membros da seita de mandarem seus filhos para a escola e de irem ao hospital quando estavam doentes, classificando essas instituições como satânicas, disseram alguns de seus seguidores.
Ele também foi condenado em dezembro por produzir e distribuir filmes sem licença e sentenciado a 12 meses de prisão.