Justiça de Goiás torna réu homem acusado de matar namorada com golpes de canivete

O Tribunal de Justiça de Goiás aceitou a denúncia contra Gean Martins Chagas e o tornou réu por matar a namorada Nadiane Ferreira Silva com golpes de canivete. A jovem, de 18 anos, foi morta no dia 2 de novembro deste ano, em Itapuranga, na região Central de Goiás.

Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), Gean Martins foi denunciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado – por motivo fútil, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e, por razões da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica, o que configura como feminicídio.

A promotora de Justiça Júlia Lopes de Souza relatou na denúncia que Gean namorava a vítima, Nadiane Ferreira Silva, há quase dois anos. Na data do crime, ele passou o dia na casa da namorada e, já à noite, a vítima foi tomar banho, pois os dois iriam dormir juntos. Enquanto a vítima estava no banheiro, o homem entrou no local e a viu mexendo no celular. O denunciado suspeitou que a mulher estava lhe traindo e, por isso, começou a discutir com ela, indo embora em seguida.

Na sequência, a vítima telefonou para o namorado, pedindo-lhe que voltasse, pois queria cumprir o que havia sido combinado para dormirem juntos. Diante disso, o denunciado voltou à casa de Nadiane para buscá-la de carro. Quando a mulher entrou no veículo, iniciou-se uma nova discussão.

Na ocasião, o homem pegou um canivete que estava no carro e passou a golpear a vítima. A mulher conseguiu descer do veículo, mas Gean a imobilizou e continuou a golpeá-la, totalizando 26 perfurações. Em seguida, ele fugiu do local do crime. Algumas pessoas que passavam nas proximidades acionaram a Polícia Militar e a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No entanto, a vítima não resistiu e morreu.

A Polícia Militar conseguiu prender o homem em flagrante na zona rural de Morro Agudo, região próxima à cidade de Itapuranga. Segundo o MP-GO, Gean está preso no mesmo município. Na delegacia, ele confessou o feminicídio e disse que o crime aconteceu após uma discussão por ciúmes.

Pensão especial e indenização

Na denúncia, a promotora de Justiça requer, além da condenação do réu pelo crime cometido, que seja instituída pensão especial à filha menor de 18 anos da vítima, órfã de mãe, em razão do crime de feminicídio.

O MP também pede que seja fixado valor mínimo de R$ 50 mil a título de indenização à família de Nadiane pelo dano decorrente da infração penal.