Os índice foi puxado principalmente pela alta de 0,98% no grupo de Alimentação e bebidas, com um impacto de 0,21 ponto percentual (p.p.) no indicador.
Alguns alimentos muito comuns no prato do brasileiro contribuíram para essa alta nos preços, com destaque para a batata inglesa, que disparou 24,18%, o leite longa vida, com avanço de 8,84%, o tomate, com alta de 6,32%, e o arroz, que subiu 4,20%.
O resultado representa uma desaceleração de 0,05 p.p. em relação ao indicador observado em maio, de 0,44%. No índice fechado do mês, o IPCA foi de 0,46% em maio, também com alta forte dos alimentos e já sentindo efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul.
A prévia da inflação veio abaixo das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,45% em junho.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumulou uma alta de 4,06% até junho, acima dos 3,70% observados nos 12 meses anteriores. No ano, até aqui, a alta é de 2,52%. Em junho de 2023, o índice foi de 0,04%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete apresentaram alta nos preços em junho. Além de Alimentação e bebidas, destaque também para os grupos de Habitação e Saúde e cuidados pessoais, que avançaram 0,63% e 0,57%, respectivamente.
IPCA-15 de junho fica em 0,39%
Veja abaixo a variação dos grupos em maio
- Alimentação e bebidas: 0,98%;
- Habitação: 0,63%;
- Artigos de residência: -0,01%;
- Vestuário: 0,30%;
- Transportes: -0,23%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,57%;
- Despesas pessoais: 0,25%;
- Educação: 0,05%;
- Comunicação: 0,18%.
Preços dos alimentos em alta
O grupo de Alimentação e bebidas foi o que apresentou a maior alta e o maior impacto no IPCA-15 de junho, puxado, sobretudo, pela alimentação no domicílio, que avançou de 0,22% em maio para 1,13% em junho, com a disparada nos preços de itens populares, como a batata.
Alguns produtos, porém, apresentaram queda nos preços. O IBGE destaca o feijão carioca, com baixa de 4,69%, a cebola, com queda de 2,52%, e as frutas, que tiveram preços, em média, 2,28% menores.
A alimentação fora do domicílio também acelerou, passando de 0,37% em maio para 0,59% em junho. Dentro do subgrupo, tanto os preços do lanche (que passou de 0,47% em maio para 0,80% em junho) quanto da refeição (0,34% para 0,51%) subiram.
Outros destaques
O grupo de Habitação teve um impacto de 0,10 p.p. no IPCA-15, influenciado pelas altas nos preços da taxa de água e esgoto – que subiu, em média, 2,29%, seguindo reajustes tarifários em São Paulo, Brasília e Curitiba – e da energia elétrica residencial – que subiu, em média, 0,79%, com reajustes em Salvador, Recife, Fortaleza e Belo Horizonte.
Saúde e cuidados pessoais também registraram alta forte, com um impacto de 0,08 p.p. no índice. O avanço neste grupo foi puxado pela alta média de 0,37% nos preços dos planos de saúde, após a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizar reajustes de até 6,91%.
Os únicos grupos a apresentarem quedas no mês de junho foram Artigos de residência e Transportes. No primeiro destes grupos, a queda foi residual, de apenas 0,01%.
Já em Transportes, a queda de 0,23% nos preços resultou em um impacto de -0,05% p.p. no índice. Tanto as passagens aéreas quanto os combustíveis apresentaram reduções nos preços no mês:
- passagens aéreas: – 9,87%
- etanol: -0,80%
- gás veicular: -0,46%
- óleo diesel: -0,42%
- gasolina: -0,13%