• Política
  • 9 de dezembro de 2024
  • No Comment
  • 8
  • 5 minutes read

Intervenção não resolverá crise na saúde de Goiânia, argumenta prefeitura

Ele reforçou que não há falta de vontade, mas indisponibilidade de recursos Publicado em: 09/12/2024 15:43 José Carlos Issy, procurador-geral…

Ele reforçou que não há falta de vontade, mas indisponibilidade de recursos

José Carlos Issy, procurador-geral da Prefeitura de Goiânia em defesa durante sessão no Tribunal de Justiça de Goiás (Foto: Reprodução – TJGO)

O procurador-geral do Município, José Carlos Ribeiro Issy, defendeu a Prefeitura de Goiânia e classificou a eventual intervenção proposta pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) como “inadequada”, em sua sustentação. Issy, inclusive, destacou que o mecanismo não resolveria os problemas enfrentados pelo sistema de saúde, citando falta de recursos e o tempo como principal limitação. A declaração foi feita durante o julgamento do recurso no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), na tarde desta segunda-feira (9).

“O interventor, caso seja nomeado, vai constatar a mesma realidade que o atual gestor enfrenta: ausência de recursos suficientes e falta de tempo para implementar mudanças estruturais. A intervenção não trará medidas concretas que possam alterar o quadro atual,” declarou o procurador.

Falta de recursos e o impacto do bloqueio

Issy destacou que o bloqueio de R$ 57 milhões, realizado pelo Ministério Público, já está à disposição do órgão e que o secretário municipal de Saúde, Pedro Goiá, está em diálogo com o MP-GO para delinear os pagamentos essenciais. Ele argumentou que as dificuldades enfrentadas pela gestão não decorrem de negligência, mas da escassez de recursos em um cenário de crise financeira.

“A Fundahc [Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas] não é o único credor. Há inúmeros compromissos na área da Saúde. Não se trata de vontade do gestor em não pagar, mas de ausência de recursos para atender a todos os compromissos. A intervenção não mudará essa realidade,” explicou.

Citando jurisprudência do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Issy argumentou que a intervenção deve ser evitada quando considerada desproporcional. Ele ressaltou que a medida representa uma ruptura na autonomia municipal e desconsidera o voto popular que elegeu o atual prefeito.

“Se não houver razoabilidade entre o objetivo perseguido e o ônus imposto à sociedade, a intervenção não deve ser decretada. Trata-se de uma interferência no Poder Executivo que afeta não só a administração municipal, mas também o princípio democrático,” afirmou.

O procurador também informou que o atual prefeito Rogério Cruz buscou entendimento com a próxima gestão durante o fim de semana, convidando representantes da comissão de transição para acompanhar a administração e garantir transparência na aplicação dos recursos. “Esse esforço demonstra o compromisso do prefeito com a continuidade administrativa e a responsabilidade com o futuro da gestão da Saúde,” declarou.

Continue Lendo

Caiado minimiza sentença judicial e reforça pré-candidatura em 2026

Caiado minimiza sentença judicial e reforça pré-candidatura em 2026

Governador disse que respeita decisão Publicado em: 11/12/2024 20:58 Caiado em coletiva com a imprensa, explica sobre jantares no Palácio (Foto:…
Juristas apontam equívocos em decisão de cassar Mabel e tornar Caiado inelegível: “desproporcional”

Juristas apontam equívocos em decisão de cassar Mabel e…

COLUNA DO JOÃO BOSCO BITTENCOURT Advogados apontam ainda fragilidade das provas apresentadas e contradição com a jurisprudência Publicado em: 11/12/2024 17:56…
Justiça revoga prisão preventiva de Cacai Toledo

Justiça revoga prisão preventiva de Cacai Toledo

COLUNA DO JOÃO BOSCO BITTENCOURT Ele estava preso há cerca de seis meses Publicado em: 11/12/2024 16:14 Cacai vai usar tornozeleira…

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *