E não deve passar de uma “guerrinha” para que o ex-presidente passe seu recado de insatisfação com o chefe do PL. Partido que é de Valdemar, e não de Bolsonaro.
Esse é o “pequeno detalhe” que, na prática, define tudo. Bolsonaro sempre quis ter um partido para chamar de seu. Chegou a tentar fundar uma sigla, o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu.
Foi então para o PL, partido que tem a maior bancada de deputados e, por consequência, a maior fatia do fundo partidário. É a legenda mais rica entre todas – mas, novamente, quem tem a chave do caixa é Valdemar Costa Neto, e não Jair Bolsonaro.
Por isso, ao dizer que Valdemar estaria “implodindo” o PL ao elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro está apenas fazendo pressão pública para tentar frear o dirigente de sua sigla.
Bolsonaro não pode romper, porque precisa do dinheiro do partido para tentar eleger prefeitos aliados ou apoiadores nas eleições de outubro.
Já Valdemar Costa Neto também precisa de Bolsonaro e seu prestígio na direita e extrema direita – o que é fundamental para o PL tentar eleger mais prefeitos neste ano e se fortalecer para a disputa presidencial de 2026.
Nas palavras de um aliado dos dois, a briga atual entre Bolsonaro e Valdemar é igual a outras já ocorridas. Estremece a relação, mas logo tudo fica bem entre eles. É uma questão de sobrevivência para os dois lados.