Golpistas do boleto reverso transferem valores para outros estados para despistar polícia, diz delegada

Doze suspeitos de integrar uma quadrilha que aplica o golpe do boleto reverso em comerciantes de todo o Brasil foram presos preventivamente nesta terça-feira (25/6), pela Polícia Civil de Goiás. As investigações mostram que o grupo criminoso, que deu um prejuízo de R$ 100 mil para a dona de uma lotérica de Goiânia, transfere valores para comparsas de outros estados, a fim de dificultar o trabalho da polícia.

Os agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) chegaram aos nomes de 14 suspeitos depois que a dona de uma lotérica que fica no Setor Sul registrou uma ocorrência relatando ter tido um prejuízo de R$ 100 mil após o pagamento de vários boletos, efetuados ao longo de 2023. Ao contrário do que imaginava a vítima, os valores estavam sendo transferidos para contas de golpistas que moram no Pará.

“São boletos idênticos aos originais, mas que tem alterações no número do código de barras, ou no QR Code, por isso as pessoas precisam estar atentas quando fizerem pagamentos ou transferências, e verificarem se o destinatário é realmente o credor”, alertou a delegada Bárbara Buttini, adjunta da DERCC.

Dos 14 mandados de prisão expedidos, 12 foram cumpridos, mas dois investigados, um que mora no Pará, e outro no Distrito Federal, não haviam sido localizados até o início da tarde. Eles responderão por estelionato eletrônico, lagavem de dinheiro, e associação criminosa.

Além das prisões, os policiais também cumpriram 14 mandados de busca e apreensão. Segundo Bárbara Buttini, os equipamentos apreendidos devem confirmar os golpes, além de ajudar na identificação de novas vítimas, e de outros integrantes da quadrilha.