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  • 28 de novembro de 2024
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Goiânia: Família denuncia morte de bebê após suspensão de serviço de home care

Maria Ayla Pereira Silva, de 1 ano, era atendida por empresa que alega suspensão de serviço por falta de repasse…

Maria Ayla Pereira Silva, de 1 ano, era atendida por empresa que alega suspensão de serviço por falta de repasse da Prefeitura

Maria Ayla Pereira Silva, de 1 ano, morreu após suspensão de serviço de home care, em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução)

Uma família denuncia a morte de uma bebê, de 1 ano de vida, após suspensão de serviço de home care, em Goiânia. Maria Ayla Pereira Silva, nasceu com uma síndrome rara que provoca insuficiência respiratória grave. A criança não resistiu à falta de assistência médica domiciliar. A suspensão do atendimento teria ocorrido após o atraso da Prefeitura de Goiânia na realização do pagamento para a empresa terceirizada.

Andréia Silva Oliveira, mãe de Maria Ayla contou como a suspensão do serviço pode ter contribuído para a morte da bebê. “Ela teve uma parada cardíaca. Eu tentei. O que eu pude fazer, eu fiz, mesmo sendo leiga nesse sentido. Porque a gente treina, mas não sabe como um profissional, né? Eu tentei, reanimei, só que ela não respondia. A gente correu com ela para a maternidade, mas não adiantou”, disse ao G1.

A suspensão do serviço pela empresa TransMédica Home Care teria acontecido devido ao atraso de mais de cinco meses nos repasses de verba da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia. A dívida da prefeitura com a empresa chega a mais de R$ 4 milhões. A paralisação dos serviços afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes, já que muitos deles dependem de tratamento contínuo e de assistência especializada.

“A interrupção dos repasses da Secretaria Municipal de Saúde comprometeu gravemente a capacidade da empresa em manter suas operações, especialmente os atendimentos contínuos a pacientes de alta complexidade. (…) O impacto dessa situação na vida dos pacientes e na sustentabilidade da empresa exige uma ação rápida e eficaz das autoridades competentes”, afirmou a empresa ao G1.

Ao Mais Goiás, por nota, a Secretaria Municipal de Saúde da capital informou que a nova gestão da secretaria já solicitou um levantamento de toda a situação envolvendo a empresa responsável pelo serviço no município.

Ainda, conforme a pasta, uma reunião com representantes da empresa, visando a efetivação do serviço, será marcada ainda para esta quinta-feira (28/11).

Bebê que morreu sem home care tinha síndrome de Moebius

Maria Ayla Pereira Silva nasceu no dia 12 de outubro de 2023, com síndrome de Moebius. Uma anomalia congênita, em que ocorre paralisia de alguns nervos faciais e morbidades como epilepsia e problemas respiratórios. A síndrome é rara e não tem cura.

A criança passou parte da vida internada em hospitais até conseguir o serviço de home care em outubro deste ano. Mas, no mesmo mês, o serviço foi suspenso.

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