TRISTE
Companheiro foi preso por duas vezes, nos últimos seis meses, após agredir a diarista
Elidênia Jorge da Silva é natural de Morrinhos e morava nos Estados Unidos há seis anos (Foto: Acervo da Família)
O sobrinho de Elidênia Jorge da Silva, goiana natural de Morrinhos que vítima de feminicídio nos Estados Unidos, relata ao Mais Goiás que a tia dele havia sofrido pelo menos duas agressões que levaram o motorista de aplicativo, Edirlei Ramos Tofoli, à prisão. Elidênia foi encontrada morta na cozinha da residência dela, na última sexta-feira (5).
Lucas Lima narra que a tia, mantinha um relacionamento romântico há pelo menos dois anos com o suspeito. Elidênia buscava esconder o relacionamento da família, ao mesmo tempo que todos sabiam que se tratava de um namoro, diante das inúmeras agressões. “Ela aceitava tudo. Dizia que estava feliz e acaba perdoando”, destaca. “Parecia que estava cega”, pontua.
Lucas relata que a primeira vez que o suspeito foi preso foi justamente no dia de seu aniversário da vítima, no dia 5 de dezembro do ano passado, quando em um momento de discussão, Edirlei deu um soco no rosto de Edilênia, deixando o olho da diarista inchado e com hematomas. A segunda, no último mês de março.
“Nos três dias em que passou preso, ele perturbou ela durante todo o tempo, sempre que podia fazer ligações. A gente até achou que ela [Elidênia] ia seguir a vida, mas do nada, ela recuou e decidiu ela mesma buscá-lo na prisão”, relata Lucas. O gerente de entregas também afirma que a Polícia orientava Elidênia a mandar o suspeito sair de sua casa.
Ela, no entanto, não tinha coragem por temer retaliação por parte do motorista. “Ela tinha medo de retaliação. Ele fazia pressão na cabeça dizendo que se denunciasse, ele poderia matar os familiares”, relembra Lucas.