- Política
- 23 de outubro de 2024
- No Comment
- 18
- 5 minutes read
Fred defende militarizar escolas e cadastrar flanelinhas em sabatina do Mais Goiás
Em sabatina promovida nesta terça-feira (22) pelo Mais Goiás, o candidato a prefeito de Goiânia Fred Rodrigues (PL) defendeu a…
Em sabatina promovida nesta terça-feira (22) pelo Mais Goiás, o candidato a prefeito de Goiânia Fred Rodrigues (PL) defendeu a militarização de escolas do 6º ao 9º ano da rede municipal de ensino e propôs que a administração municipal atue de forma mais presente na gestão dos flanelinhas espalhados pela cidade.
A sabatina começou por volta das 15h e foi conduzida pelos jornalistas Ana Paula Bellini, Domingos Ketelbey e Francisco Costa. Aconteceu em um estúdio localizado no Parque Amazônia, na região sul da capital.
A militarização das escolas, de acordo com Fred, visa trazer para rede municipal a experiência que ele considera bem-sucedida nos colégios militares estaduais. “A grande questão das escolas cívico-militares é prover a segurança e qualidade que os pais e alunos já têm nas escolas estaduais. Os professores têm que ter liberdade de cátedra, de lutar e melhorar para que o aluno seja um excelente profissional”, disse.
Fred afirma que o plano não é militarizar todas, e nem promover esse processo de uma só vez.
Questionado a respeito dos flanelinhas, o candidato disse considerar essa uma profissão como as outras, e que está sujeita a ser fiscalizada pelo poder público.
“A grande reclamação que a gente vê aí é que muitos fazem constrangimento ilegal, ameaçando arranhar o carro. Isso só acontece porque falta acompanhamento, fiscalização e descaso da administração pública. Com o cadastramento correto, cada um vai ter o seu número, sua identificação. Até mesmo para evitar briga entre eles. A prefeitura tem que atuar, e os custos para isso precisam ser estudados”, disse Fred.
Imprensa e transporte coletivo
A propósito do questionamento do jornalista Francisco Costa, que perguntou como será o relacionamento com a imprensa, o candidato a prefeito de Goiânia Fred Rodrigues (PL) nega que o seu grupo político tenha um comportamento agressivo com os veículos de comunicação.
“Quem incentiva a violência contra a imprensa é o outro lado, e não o nosso. Eu prefiro a imprensa errada do que calada”, afirmou.
O jornalista Domingos Ketelbey lembrou que um dos aliados do candidato, o deputado Gustavo Gayer (PL), envia receitas de bolo quando jornalistas pedem posicionamento dele sobre qualquer assunto. “Eu não acho que mandar receita de bolo seja uma forma de violência, talvez ironia”, disse Fred.
Em outro ponto alto da sabatina, o candidato do PL foi questionado se a proposta de redução da tarifa de ônibus não faz referência à mesma política adotada por Marconi Perillo (PSDB) em 2005, quando reduziu o preço do bilhete do Eixo Anhanguera para R$ 0,45, número que remete ao seu partido. Fred afirma que esta é uma proposta “baseada em estudos”.
“Não tem a ver com velha política. A redução da passagem passa pela adesão de vários entes, como Estado e municípios da região metropolitana. Eu nunca propus aumento da tarifa. Hoje, a prefeitura arca com R$ 163 milhões. Para reduzir para R$ 2,20, temos que aumentar esse subsidio em mais R$ 140 milhões. Se as outras partes estiverem dispostas, nós estaremos.”
Cultura e meio ambiente
Fred também afirmou que é favorável a leis de incentivo a artistas, mas com ressalvas. “Sou 100% a favor do incentivo ao artista. Faço ressalvas quando a lei, Rouanet, por exemplo, privilegia artistas já consagrados. Eu acho que é quem está começando que deve receber essa verba. Nosso trabalho vai ser nesse sentido, buscando parcerias.”
Ele ainda citou que Goiânia tem o 2° maior acervo de Art Déco do mundo. “E não fazemos nada em relação a isso. Queremos que a preservação desses prédios renda benefícios para quem trabalha por essa valorização.”
Disse também que a solução para a crise global do meio ambiente, ao seu ver, começa pela resolução de problemas domésticos – no caso de Goiânia, cuidar do rio Meia Ponte e do aterro sanitário, por exemplo. Ele condena quem luta pela causa ambiental “dando palestra”. “O que a cidade tem que fazer é cuidar do seu meio ambiente. Precisamos levar uma conscientização séria ás escolas, cuidando da nossa cidade, e não dando palestra mudança climática. Temos que arrumar nosso quarto antes de querer resolver o problema do mundo.”