Home Cidades Estádio do Flamengo vira peça-chave em ano eleitoral no clube e no Rio
Cidades

Estádio do Flamengo vira peça-chave em ano eleitoral no clube e no Rio

Bastidores

A candidatura de Cacau à Câmara pegou Braz de surpresa, e o diretor chegou a ser afastado do dia a dia do futebol

Felipe André

Novo estádio do Flamengo

Projeto do novo estádio do Flamengo no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

ALEXANDRE ARAUJO E LUIZA SÁ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Não apenas a liderança no Brasileiro anima a torcida do Flamengo, mas também o sonho do estádio próprio cada vez mais perto. O assunto vem agitando os bastidores. Em ano eleitoral no clube e no município do Rio de Janeiro, a futura casa rubro-negra virou pauta e todos querem tirar uma casquinha.

Dirigentes do Flamengo e candidatos a vereador posaram ao lado do prefeito Eduardo Paes. O vice-presidente de futebol e vereador Marcos Braz (PL) e o diretor de relações externas Cacau Cotta (MDB) publicaram vídeo nas redes sociais após o anúncio da desapropriação.

Os dois provocaram um racha na diretoria devido à “rivalidade” nas urnas. A candidatura de Cacau à Câmara pegou Braz de surpresa, e o diretor chegou a ser afastado do dia a dia do futebol, pasta encabeçada por Braz. Os dois participam de diferentes maneiras do processo.

O projeto está centralizado no presidente Rodolfo Landim. Fotos, informações e reuniões dificilmente são divulgadas sem que o mandatário esteja ciente. Ele, inclusive, virá como candidato à presidência do Conselho Deliberativo e, por isso, aproveita a fase. Cacau Cotta esteve em reuniões com Eduardo Paes, enquanto Marcos Braz vai liderar uma comissão da Câmara para cuidar do assunto do estádio.

Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Fla e deputado federal (PSB) também tratou o assunto. Ele publicou uma foto ao lado de Eduardo Paes nas redes. Bandeira foi um dos nomes cogitados para representar a oposição, que ainda não definiu candidato, no pleito rubro-negro do final do ano.

Candidato da situação, Rodrigo Dunshee aproveitou o estádio para publicação em que rechaça a SAF. A possibilidade de o Fla vender parte do controle do clube é outro tema que permeia a eleição presidencial do clube e está diretamernte ligado à viabilização da arena. “A estruturação deste projeto vai viabilizar o estádio sem SAF”, disse. Apesar de Landim ser a favor, a maioria do clube é contra essa ideia. Com o apoio do presidente, Dunshee sabe que a concretização da empreitada lhe renderá votos valiosos na Gávea.

Eduardo Paes, que concorre a reeleição, se coloca com protagonismo. Ao lado de o deputado federal Pedro Paulo, o prefeito “abraçou” o assunto e até desapropriou o terreno do Gasômetro nesta semana, dando novos passos ao projeto do estádio. O prefeito, vale lembrar, também agilizou o projeto de reforma de São Januário. Ele tem tratado o assunto nas redes sociais a todo o momento com humor e informações.

Marcos Braz, no entanto, apoia opositor de Paes na eleição para prefeito. Integrante do PL, o dirigente já demonstrou apoio a Alexandre Ramagem, do mesmo partido, e já até levou o candidtato às dependencias do CT Ninho do Urubu, atitude que gerou desconforto internamente.

Todas as partes querem agilizar o assunto até outubro. Esse será o mês da eleição municipal e, em dezembro, acontece o pleito no Flamengo.

COMO ESTÁ O PROJETO

A Prefeitura do Rio de Janeiro publicou em Diário Oficial a desapropriação do terreno do Gasômetro. O Flamengo já tem um projeto bem adiantado e mostrou uma série de outras atividades que podem ser desenvolvidas na área.

O imóvel irá a leilão. Há uma expectativa de que isso aconteça entre 20 e 30 dias. Teoricamente, qualquer um poderia comprar, mas haverá indicações de uso específico no edital, como a obrigação de construção de um estádio, o que tornará desinteressante para terceiros.

O clube se vê pronto financeiramente para esse processo. O Flamengo conta com dinheiro em caixa e ainda com valores a receber da futura venda de apartamentos em um prédio no bairro do Flamengo. Essa operação vai render mais de R$ 100 milhões.

O projeto é considerado “grandioso e excelente para a cidade”. As ideias incluem uma praça na frente do estádio com um estilo de fan fest. Há planos de colocar telões para acompanhar jogos com demanda grande, bares e centro de convenções.

A intenção é construir uma arena para entre 75 mil e 80 mil pessoas. O naming rights é visto como fundamental. Landim pediu que os torcedores não especulem nomes porque o clube considera importante fazer dinheiro com essa venda.

Ainda há alguns passos pela frente. Além da compra do terreno, o clube precisará apresentar um projeto definitivo e um modelo de financiamento para a construção. A compra ainda terá de ser aprovada pelo Conselho Deliberativo após uma vitória no leilão. O preço do terreno é estimado em R$ 150 milhões pela Prefeitura.

Continue Lendo

Goiás acerta a contratação de destaque do Itaberaí, para suas categorias de base

Futebol de Base Miguel Moreno, atacante de apenas 16 anos, já vinha...

Governo avalia retorno do horário de verão, admite ministro

Economia Horário diferenciado foi extinto em 2019 porque deixou de ter efeitos...

Justiça mantém Deolane presa após nova audiência de custódia

PREVENTIVA Ao deixar o cárcere, na segunda-feira, a influenciadora descumpriu medida e...

PM apreende oito máquinas caça-níqueis em bar de Goiânia

JOGO DE AZAR Responsável pelo estabelecimento foi conduzida à Central de Flagrantes...