Home Política Equipe econômica defende bloqueio de verbas em julho para mostrar compromisso com equilíbrio das contas públicas
Política

Equipe econômica defende bloqueio de verbas em julho para mostrar compromisso com equilíbrio das contas públicas

O montante do bloqueio (contingenciamento de verbas) a ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ser definido em julho.

As primeiras projeções apontam para um valor na casa de R$ 20 bilhões.

Qual o caminho para equilibrar as contas públicas?

Qual o caminho para equilibrar as contas públicas?

Além disso, a decisão de definir a meta de inflação contínua de 3% em 2025 também integra a estratégia de acalmar o mercado e reduzir as pressões do dólar sobre a inflação.

O governo quer evitar uma inflação em alta no segundo semestre deste ano, o que prejudicaria o ritmo da economia e atrasaria ainda mais a retomada dos cortes nas taxas de juros pelo Banco Central.

O CMN já havia aprovado para este ano a nova sistemática para a meta de inflação, mas ela só foi confirmada nesta terça pelo presidente Lula para este ano.

O presidente Lula tem resistido a autorizar contingenciamento de verbas do Orçamento, segundo ele para evitar cortes em investimentos de programas sociais e em infraestrutura.

Só que as despesas previdenciárias e nas áreas de saúde e educação têm crescido bem acima do ritmo das receitas, o que vai levar a equipe econômica a propor o bloqueio de verbas em julho, quando for analisar o relatório de receitas e despesas do bimestre maio e junho.

Meta de 3%

A meta de 3% segue tendo um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Mas o horizonte de cumprimento vai ser alterado.

A alteração será de ano-calendário — janeiro a dezembro — para meta contínua, num prazo de dois a três anos. O BC teria mais tempo para levar a inflação para o centro da meta, evitando uma política mais rígida para ancorar a inflação.

Com essas medidas, a equipe econômica deseja sinalizar que não haverá uma flexibilização na política econômica, mas sim uma rigidez para acalmar o mercado e, principalmente, baixar o valor do dólar.

Evitando, dessa forma, pressões inflacionárias e o risco de o Banco Central demorar muito mais do que o desejável a retomar o ciclo de corte da taxa de juros, mantida em 10,50% ao ano pelo Copom.

Continue Lendo

Governo edita MP que facilita empréstimos que financiem ações de combate a incêndios

Na prática, isso permite que instituições como o BNDES, Caixa e outras...

STF forma maioria para rejeitar recursos que pedem a volta da ‘revisão da vida toda’ do INSS

O julgamento ocorre no plenário virtual, e os ministros podem inserir seus...

Governo anuncia bloqueio de R$ 2,1 bilhões do Orçamento de 2024 e reversão de R$ 3,8 bilhões em contingenciamento

Os R$ 2,1 bilhões são somados aos R$ 11,2 bilhões já bloqueados...