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Crítica: Vida de Inseto (1998) | Especial Pixar

Cinema

Longa-metragem foi dirigido por John Lasseter, mesmo diretor de “Toy Story 1 e 2”

Matthew Vilela

Com o estrondoso sucesso de “Toy Story”, a indústria do cinema estava alvoraçada com a possibilidade de criar filmes totalmente animados por computador. Tão importante quanto o surgimento das cores em filmes, ou do som, criar obras computadorizados foi outro divisor de águas da Sétima Arte. A Pixar encontrou seu nicho e decidiu mergulhar de cabeça na arte de contar histórias através do cinema, ao mesmo tempo em que buscaram maneiras de evoluir mais, e mais, a tecnologia.

(Foto: Disney-Pixar)

Com o estrondoso sucesso de “Toy Story”, a indústria do cinema estava alvoraçada com a possibilidade de criar filmes totalmente animados por computador. Tão importante quanto o surgimento das cores em filmes, ou do som, criar obras computadorizados foi outro divisor de águas da Sétima Arte. A Pixar encontrou seu nicho e decidiu mergulhar de cabeça na arte de contar histórias através do cinema, ao mesmo tempo em que buscaram maneiras de evoluir mais, e mais, a tecnologia.

Logo após finalizarem o primeiro “Toy Story”, muito se esperava da Pixar. Como ir além? Como mostrar a força dos computadores para fazer cinema? A preocupação da Pixar sempre foi, acima da tecnologia, contar boas histórias. O roteiro é essencial. Não adianta entregar uma obra visualmente belíssima sem criar a identificação emocional com o público.

Saindo dos brinquedos e entrando no mundo das formigas, John Lasseter também assume a direção de “Vida de Inseto” para contar uma história sobre opressão, unidade e libertação. A trama se passa em um formigueiro oprimido por um grupo de gafanhotos, que retornam sempre antes do período das chuvas para levar os alimentos coletados. Mas tudo se complica após um acidente causar a perda de toda a comida angariada, colocando o formigueiro na busca desesperada por uma salvação contra os gafanhotos.

“Vida de Inseto” não é colocado com frequência nas grandes célebres listas de melhores da Pixar, mas o filme é outra obra-prima do estúdio e um trabalho não apenas rico em detalhes técnicos – uma evolução clara de “Toy Story” -, como também nos entrega uma história repleta de elementos sociais que continuam pertinentes até hoje.

A trama pode ser estudada e utilizada como paralelo a diversos exemplos da vida real sobre nações oprimindo outras nações, e povos em luta por sua liberdade e independência. Além de trabalhar outras abordagens como confiança, liderança, persistência, poder, vingança, domínio, justiça, ser hábil, ter atitude, criatividade, ideias e por aí vai.

Ancorada por um ritmo nunca cansativo, ou arrastado, “Vida de Inseto” é um marco da infância de muitos, mas uma obra que, até hoje, se mantém envolvente, divertida e memorável.

A Bug’s Life/EUA – 1998

Dirigido por: John Lasseter

Disponível para assistir: DISNEY+

Com vozes no original de: Dave Foley, Kevin Spacey, Julia Louis-Dreyfus

Sinopse: Todo ano, os gananciosos gafanhotos exigem uma parte da colheita das formigas. Mas quando algo dá errado e a colheita destruída, os gafanhotos ameaçam atacar e as formigas são forçadas a pedir ajuda a outros insetos para enfrentá-los numa batalha.

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