- Interior
- 31 de dezembro de 2024
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Covid eleva risco de parto prematuro em 7x, diz pesquisa feita em Goiás
A média de idade gestacional no parto foi de 36 semanas para mulheres com Covid-19, em comparação com 39 semanas…
A média de idade gestacional no parto foi de 36 semanas para mulheres com Covid-19, em comparação com 39 semanas para aquelas sem a infecção

Covid-19 aumenta risco de parto prematuro em sete vezes, aponta pesquisa (Foto: Jucimar de Sousa)
Uma pesquisa conduzida pela ginecologista e pesquisadora Neila Rodrigues para tese de mestrado na Universidade Federal de Goiás (UFG) constatou que o risco de parto prematuro é sete vezes maior em gestantes que contraíram Covid-19. O levantamento, realizado durante a pandemia, mostrou ainda que a desinformação sobre a segurança da vacina contribuiu para a baixa adesão entre as gestantes.
“As pacientes gestantes com Covid-19 fizeram menor número de doses do imunizante, sugerindo consequente aumento de contaminação. Foi observado um número três vezes maior de mulheres não vacinadas no grupo com infecção por Covid-19 em nossa amostra”, disse a médica.
A média de idade gestacional no parto foi de 36 semanas para mulheres com Covid-19, em comparação com 39 semanas para aquelas sem a infecção.
Vacina
Um dos fatores identificados na pesquisa que contribuiu para a baixa adesão à vacinação, foi o medo de complicações para o feto, em especial devido a informações falsas amplamente divulgadas durante a Pandemia.
“Nossa recomendação é que a população procure se informar em fontes confiáveis sobre os benefícios da vacinação. O Programa Nacional de Vacinação é confiável, nada é estabelecido sem antes ter um consenso mundial”, reforçou.
Embora o estudo não tenha avaliado diretamente os motivos da não vacinação, esse receio foi um tema recorrente. “Vacinando mais gestantes, diminuímos o risco de contaminação por Covid-19, reduzindo assim as internações por complicações durante a gestação. Isso também protege contra problemas de saúde graves para mãe e bebê, como prematuridade e trombose materna. A vacinação é fundamental para garantir saúde e segurança durante a gravidez”, conclui.
Para gestantes que já testaram positivo para Covid-19, a principal orientação é procurar um médico obstetra para uma avaliação clínica.

A pesquisadora sugere ainda que futuras pesquisas explorem o impacto das variantes do vírus Covid-19 nos desfechos gestacionais, uma área que ainda carece de estudos aprofundados.