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Maior impacto registrado pela concessionária foi na classe do poder público
(Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil)
O consumo de energia elétrica cresceu cerca de 13% no primeiro semestre deste ano em Goiás, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados da Equatorial Goiás, o maior impacto foi na classe do poder público, onde o consumo aumentou 19,3% no período, seguido pelas classes residencial (18,2%), rural (13,7%) e comercial (12,4%). O consumo médio dentro de casa subiu de 175 kWh em 2023 para 202 kWh em 2024.
A concessionária atribui o crescimento às altas temperaturas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), regiões como o extremo sudoeste do Estado enfrentaram ondas de calor e a seca no Cerrado, que, segundo estudo da Universidade de São Paulo (USP), é a pior em pelo menos sete séculos. “Isso provoca um aumento no consumo de energia, já que percebemos maior uso dos equipamentos refrigeradores e, consequentemente, gera fortes mudanças nos hábitos de consumo, como o uso maior de ar-condicionado e ventiladores, assim como maior consumo de alimentos e bebidas refrigeradas”, destaca Marcos Aurélio Silva, executivo de faturamento da Equatorial Goiás.
Outro fator que vai incidir sobre a conta de energia é a bandeira tarifária, que, por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), passa a ser amarela no mês de julho. Essa alteração refletirá num aumento de R$ 1,88 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. A bandeira amarela foi acionada devido à previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano e à expectativa de aumento na carga e no consumo de energia no mesmo período. Esse cenário de escassez hídrica, combinado com um inverno com temperaturas acima da média histórica, resulta em maior operação das termelétricas, que produzem energia a um custo mais alto do que as hidrelétricas.
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