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‘Clube do Trilhão’: empresa de Warren Buffett alcança US$ 1 trilhão em valor de mercado

O marco já aumentou o patrimônio de Buffett, que é considerado o maior investidor do mundo, em cerca US$ 2 bilhões. Ele é dono de uma fortuna de US$ 147,2 bilhões (R$ 825 bilhões) e é a sexta pessoa mais rica do mundo, de acordo com o ranking de bilionários da Forbes.

Buffett comemora 94 anos nesta sexta-feira (29) e, embora ainda esteja no comando da companhia, já nomeou um sucessor: Greg Abel, de 62 anos, atual vice-presidente do grupo.

A companhia, que nasceu como uma empresa da área têxtil e foi assumida por Buffett na década de 1960, se tornou um conglomerado que supervisiona e gere outras empresas, principalmente as de setores mais tradicionais da economia.

A Berkshire é a única companhia dos Estados Unidos fora do setor de tecnologia a alcançar um valor de mercado superior a US$ 1 trilhão, segundo levantamento de Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta.

Veja quais são as maiores empresas americanas, com base na cotação desta quarta-feira:

  1. Apple, que vale US$ 3,444 trilhões
  2. Nvidia, que vale US$ 3,081 trilhões
  3. Microsoft, que vale US$ 3,052 trilhões
  4. Alphabet (controladora do Google), que vale US$ 2,014 trilhões
  5. Amazon, que vale US$ 1,793 trilhão
  6. Meta (dona do Facebook), que vale US$ 1,307 trilhão
  7. Berkshire Hathaway, que vale US$ 1,007 trilhão

Fora dos Estados Unidos, também tem uma empresa dentro do grupo trilionário: a Saudi Aramco, maior produtora de petróleo do mundo. O valor de mercado da companhia é estimado em 6,76 trilhões de riais, a moeda oficial da Arábia Saudita.

Conforme a variação do dólar, o valor da companhia pode mudar. Mas com base na taxa de câmbio atual no país, o valor de mercado da petroleira é de cerca de US$ 1,8 trilhão.

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Maiores empresas dos EUA valem mais que toda a bolsa de valores brasileira

O levantamento de Rivero mostra que, até esta quarta, as sete empresas americanas que compõem o “Clube do Trilhão” valiam, juntas, US$ 15,698 trilhões.

Até o ano passado, essas mesmas empresas (mesmo que a Meta e a Berkshire não valessem US$ 1 trilhão), somavam US$ 12,029 trilhões em valor de mercado. De lá para cá, o valor desse grupo aumentou em US$ 3,669 trilhões.

Isso é muito mais do que todas as empresas da bolsa de valores brasileira, a B3, juntas. Até 2023, essas companhias valiam US$ 953 bilhões. Esse valor caiu para US$ 829 bilhões até 28 de agosto, uma queda de US$ 123 bilhões.

Segundo Rivero, “o recuo no valor de mercado das empresas listadas na B3 em 2024 pode ser atribuído, em parte, à valorização do dólar, que acumulou uma alta de 14,26% no ano”.

Na prática, as empresas mais valiosas dos Estados Unidos valem 18,9 vezes mais do que a totalidade das companhias da B3.

A alta do valor de mercado do “Clube do Trilhão”, por sua vez, pode ser explicada, sobretudo, pela disparada de cerca de 150% no preço das ações da fabricante de chips e semicondutores Nvidia. Do fim de 2023 até aqui, o valor da companhia aumentou US$ 1,858 trilhão.

Caminho até o ‘Clube do Trilhão’

Desde que Buffett assumiu o controle da Berkshire, ele construiu um gigante conglomerado através da aquisição de outras empresas de diferentes setores econômicos.

Hoje, o grupo é proprietário da seguradora Geico, da companhia ferroviária Burlington Northern Santa Fe (BNSF), da marca de roupas Fruit of the Loom e das baterias Duracell.

Além disso, também investe pesado em outras companhias. A empresa é dona, por exemplo, de 21% das ações da American Express e 9% da Coca-Cola.

Buffett adotou uma abordagem racional e desapaixonada dos negócios ao longo dos anos, frequentemente sustentada por uma estratégia de longo prazo, na contramão de muitos investidores.

Entre 1965 e 2023, a ação da Berkshire Hathaway teve uma valorização anual média de 19,8% e acumulou quase 4.400% de alta no período.

*Com informações da agência de notícias France Presse

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