Home Política Cármen Lúcia rejeita ação do governo de AL contra acordo da Braskem
Política

Cármen Lúcia rejeita ação do governo de AL contra acordo da Braskem

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, por questões processuais, uma ação do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), que pedia a derrubada de trechos dos acordos firmados pela mineradora Braskem com órgãos públicos para reparar danos causados em Maceió.

A cidade enfrenta problemas de afundamento no solo por causa da mineração de sal-gema.

Cármen Lúcia afirmou que o tipo de ação utilizada pelo governador não é o meio adequado para tratar a questão na Justiça.

CPI da Braskem aprova relatório final e pede indiciamento da mineradora

CPI da Braskem aprova relatório final e pede indiciamento da mineradora

“Não se demonstra, assim, constitucionalmente adequada e eficaz buscar-se por essa via a pretensão deduzida que deveria ser obtida, com adequação, efetividade e proveito, pelas vias processuais adequadas e legítimas, o que patenteia o descabimento da presente arguição”, escreveu.

A ministra ressaltou que fatos novos permitem reabrir as discussões sobre as cláusulas do acordo.

“Pela relevância do tema que abrange esta arguição, cumpre ressaltar que a superveniência de situações fáticas não contempladas nos acordos, autoriza a reabertura de discussões e novos pedidos de reparação de danos, conforme se preveem em cláusulas dos acordos firmados que contemplam a realização de diagnóstico ambiental periódico destinado a atualizar os danos causados e apontar novas medidas a serem adotadas.”

O acordo foi fechado pela Braskem com Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Alagoas (MP-AL), Defensoria Pública de Alagoas, Defensoria Pública da União (DPU) e Município de Maceió.

Acordo

No STF, o governador tentou anular trechos dos acordos que deram quitação ampla, geral e irrestrita à empresa pelos danos causados com a atividade de mineração de sal-gema no estado e que impediriam a integral reparação dos danos.

Na prática, essas cláusulas autorizam a mineradora a se tornar proprietária e explorar economicamente a região por ela devastada.

Para o governador, os trechos violam diversos preceitos fundamentais, entre eles o pacto federativo, a dignidade da pessoa humana, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e o dever de reparação dos danos causados pela mineração.

“É inconstitucional quitação dada em acordo coletivo de dimensão intermunicipal sem a observância da cooperação federativa e a ampla participação dos representantes adequados dos grupos afetados em juízo”, pontuou o governo.

Segundo o governo, é “inconstitucional cláusula de acordo que permita ao poluidor se tornar proprietário e explorar economicamente a área degradada.”

Continue Lendo

Celso Amorim afirma que posição da Venezuela é preocupante e diz estar ‘chocado’ decisão de revogar custódia da embaixada argentina

Celso Amorim está na Rússia, em agenda internacional, mas concedeu entrevista pelo...

Maduro revoga custódia brasileira sobre embaixada argentina e gera alerta na diplomacia; veja perguntas e respostas sobre o impasse

Venezuela: Oposição denuncia cerco à embaixada da Argentina Entenda, nesta reportagem, o...

Argentina condena decisão da Venezuela em revogar custódia da embaixada do país

Em nota, o Ministério de Relações Exteriores da Argentina também elogiou a...

Após Venezuela revogar custódia, Brasil avisa que vai representar Argentina até novo país ser escolhido

Itamaraty confirmou que embaixada argentina em Caracas sofreu cerco e corte de...