- Política
- 31 de outubro de 2024
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Caiado encontra-se com Lula nesta quinta, em Brasília
Ambos podem ser adversários na disputa presidencial em 2026 Publicado em: 31/10/2024 15:32 Presidente Lula e governador Ronaldo Caiado (Foto:…
Ambos podem ser adversários na disputa presidencial em 2026
Presidente Lula e governador Ronaldo Caiado (Foto: Governo de Goiás)
Possível adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) volta a Brasília para uma reunião com o petista na tarde desta quinta-feira (31). Este é o primeiro encontro entre ambos desde o término das eleições de 2024, e, embora a política não esteja na pauta oficial, o recente embate eleitoral e divergências sobre segurança pública devem marcar o encontro, realizado no Palácio do Planalto.
Afinal de contas, Caiado aproveitou a vitória sobre o seu correlegionário e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Goiânia, onde derrotou Fred Rodrigues (PL), com um resultado positivo para o prefeito eleito Sandro Mabel (UB) para tentar descolar seu nome do bolsonarismo raiz e tentar inflar uma direita moderada, sem desfazer sua linha crítica ao governo federal liderado por Lula.
Caiado, que já fez duras críticas à política de segurança pública do governo federal, acusa o Planalto de leniência no enfrentamento às facções criminosas. Em entrevista concedida à Revista Veja em maio, o governador de Goiás afirmou que a administração federal “se acovarda diante do enfrentamento das facções”, e qualificou o debate sobre câmeras corporais para policiais como “uma farsa”. O principal problema, segundo ele, é o avanço do narcotráfico, que, em sua visão, está cada vez mais infiltrado na economia e política do país.
O governador também se orgulha da política de tolerância zero implementada em Goiás, afirmando que “não há um metro de terra comandado por faccionados” em seu estado. Para Caiado, é preciso permitir que a polícia trabalhe sem restrições, garantindo a segurança da população e combatendo o narcotráfico sem “guarida a bandido”. De acordo com ele, esse posicionamento contrasta com o enfoque do governo federal, que defende uma abordagem de segurança pública mais equilibrada, integrando controle social e políticas de prevenção, uma política que não apresenta resultados eficazes.