Atualmente, as Forças Armadas têm em seu arsenal 5 modelos de drone. Todos, porém, são de monitoramento – ou seja, não carregam armamentos.
Um deles é o Nauru 1000C, fabricado pela Xmobots que foi entregue ao Exército em 2022 na versão de monitoramento.
Fundador e CEO da empresa, Giobani Amiant diz que a versão armada começou a ser desenvolvida em 2023.
“Em 2024, avançamos para a fase de testes, e em 2025 está prevista a integração final, culminando com o primeiro disparo de míssil realizado por um drone brasileiro”, afirma.
O projeto prevê que o Nauru 1000C seja armado com dois mísseis que foram desenvolvidos, inicialmente, para lançamento da terra, a partir do ombro.
Batizado de Enforcer Air, ele é fabricado pela europeia MBDA e foi projetado para ser usado contra veículos com blindagem leve e atingir alvos a até 8 km de distância.
Por enquanto, a empresa só realizou testes com protótipos para simular a integração das armas na aeronave e analisar seus efeitos na dinâmica e na estabilidade do drone. Veja no vídeo:
Exército se prepara para ter 1º drone brasileiro que lança míssil
Versão de exposição do Nauru 1000C, drone de ataque desenvolvido em parceria com o Exército — Foto: Reprodução
Segundo o Exército, o ciclo de planejamento estratégico atual, que vai até 2027, prevê a obtenção obtenção de drones equipados com mísseis.
Marinha e Aeronáutica informaram não ter, atualmente, programas para incorporar drones de combate aos seus arsenais.
Mais de 40 países possuem drones de combate
Imagem de um drone MQ-9 Reaper, dos Estados Unidos — Foto: Creative Commons/Wikipedia
Mais de 40 países no mundo possuem drones de combate, segundo a versão mais recente do levantamento periódico de arsenais e efetivos militares feito há 65 anos pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).
Na América Latina, apenas a Venezuela possi esse tipo de aeronave – o Mohajer, um dos modelos fabricados pelo Irã, um dos maiores fornecedores desse tipo de equipamento atualmente.
Entres drones de ataque presentes em mais países estão o turco Bayraktar (em 17), os chineses Caihong (13) e Wing Loong (11), o americano MQ (13) e os iranianos Shahed (4) e Mohajer (6) – um modelo desses, o Shahed-136, foi utilizado pelo Irã em um ataque a Israel em abril.
Drones militares no Brasil
Foto: Artge/g1
Nauru 1000C
Drone Nauru 1000C, de fabricação nacional. — Foto: Arte/g1
- Autonomia: 10 horas
- Altitude máxima: 3.048 m
- Alcance: 60 km
- Velocidade máxima: 112 km/h
- Peso: 150 kg
- Comprimento: 2,9 metros
- Envergadura: 7,7 metros
- Altura: 0,98 metros
- Fabricação: Brasil
Hermes-900 / ✈️ FAB
Drone Hermes RQ-900 da Força Aérea Brasileira. — Foto: Arte/g1
- Autonomia: 36 horas
- Altitude máxima: 9.144 m
- Velocidade máxima: 220 km/h
- Peso: 1.100 quilos
- Altura: 3 m
- Comprimento: 8,3 metros
- Envergadura: 15 metros
- Fabricação: Israel
Hermes 900, drone da Força Aérea Brasileira — Foto: FAB
Heron-1/ ✈️ FAB
Drone Heron 1, da Força Aérea Brasileira. — Foto: Arte/g1
- Autonomia: 45 horas
- Altitude máxima: 9.144m
- Velocidade máxima: 259 km/h
- Peso: 1.270 quilos
- Comprimento: 8,5 m
- Envergadura: 16,6m
- Fabricação: Israel
Drone Heron 1, da Força Aérea Brasileira — Foto: Reprodução
ScanEagle / 🛥️ Marinha
Drone Scaneagle, da Marinha do Brasil — Foto: Arte/g1
- Autonomia: 20 horas
- Altitude máxima: 5.943 m
- Velocidade máxima: 148 km/h
- Peso: 23,4 kg
- Comprimento: 1,67 m
- Envergadura: 3,1 m
- Fabricação: Estados Unidos
Drone da Marinha RQ1 – Scan Eagle — Foto: Marinha do Brasil
Hórus FT-100 / 🛥️ Marinha
Drone Hórus FT-100, da Marinha brasileira. — Foto: Marinha do Brasil
- Autonomia: 40 minutos
- Altitude máxima: 1.219 m
- Alcance: 7,5 km
- Velocidade máxima: 61 km/h
- Peso: 6 kg
- Comprimento: 1,9 m
- Envergadura: 2,71 m
- Fabricação: Brasil
Drone FT-100 da Marinha — Foto: Marinha do Brasil