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Beyoncé, Rolling Stones, Abba: veja os artistas que criticaram Trump por usar músicas sem autorização

Nomes como Céline Dion, Abba e até a família de um ex-Beatle já vieram a público ou procuraram ação legal devido ao uso de suas faixas por Trump. Veja os principais artistas:

Céline Dion

Celine Dion se apresenta na turnê ‘Taking Chances’. — Foto: Reprodução/YouTube

Céline Dion denunciou o uso não autorizado da música “My Heart Will Go On” em um comício de Trump em Montana, no início de agosto. A cantora publicou um comunicado nas redes sociais, declarando que o uso não havia sido permitido e “Celine Dion não endossa este ou qualquer uso similar”.

Na publicação, Céline também zombou a escolha da canção, composta para o filme “Titanic” e frequentemente associada à trágica história do longa. “Sério, ESSA música?”, acrescentou.

Beyoncé. — Foto: Chris Pizzello/AP

Segundo a revista “Rolling Stone”, Beyoncé teria ameaçado a campanha de Donald Trump com uma ação legal pelo uso não autorizado de sua música “Freedom” – que foi aprovada pela cantora como hino oficial da campanha presidencial de Kamala Harris.

A ação se deu depois que o porta-voz do ex-presidente, Steven Cheung, postou um vídeo (agora excluído) no X (antigo Twitter) de Trump, ao som da música. A revista reportou que a gravadora da cantora emitiu uma carta do tipo “cease and desist”, isto é, uma ordem ou pedido para cessar uma atividade, sob pena de ação judicial.

Abba

Grupo de pop sueco Abba. — Foto: Alberto Pezzali/AP

O grupo de pop sueco Abba também condenou o uso de suas faixas pelo candidato republicano. Segundo o Washington Post publicou neste mês de agosto, a banda sueca “descobriu recentemente o uso não autorizado de sua música e vídeos em um evento de Trump por meio de vídeos que apareceram online”. A declaração do representante do grupo não especificou quantas músicas ou quais Trump havia usado.

“Como resultado, o ABBA e seu representante solicitaram prontamente a remoção e exclusão de tal conteúdo”, declarou a equipe da banda ao jornal.

Apesar disso, um porta-voz da campanha de Trump afirma que teve “licença para tocar música do ABBA” por meio de um acordo com a Broadcast Music Inc. e a American Society of Composers, Authors and Publishers, dois grupos de direitos autorais.

The Rolling Stones. — Foto: Mark Selinger/Divulgação

Os Rolling Stones também tiveram vários problemas com o uso não autorizado de suas músicas em comícios de Trump. A campanha do republicano utilizou “You Can’t Always Get What You Want” sem autorização, tanto em 2016, quanto em 2020.

“Os Rolling Stones não apoiam Donald Trump”, escreveu a banda no X em 2016.

Em 2020, a equipe jurídica da banda emitiu uma declaração, afirmando que estava trabalhando com a organização de direitos autorais, a BMI, para impedir o uso não autorizado de sua música. Trump foi notificado, em nome dos Stones, que o uso de suas músicas sem permissão constituiria uma violação de seu acordo de licenciamento e estaria sujeito a ação legal.

Espólio de Sinéad O’Connor

Sinéad O’Connor em cena do clipe de ‘Nothing Compares 2U’ — Foto: Reprodução/Youtube

O espólio de Sinead O’Connor também criticou o uso da faixa “Nothing Compares 2 U” nos comícios de Trump em Maryland e na Carolina do Norte neste ano.

“Não é exagero dizer que Sinéad ficaria enojada, magoada e insultada se seu trabalho fosse deturpado dessa forma por alguém que ela mesma se referiu como um ‘diabo bíblico’”, declararam representantes do espólio de O’Connor à “Variety”. “Como guardiões de seu legado, exigimos que Donald Trump e seus associados desistam de usar sua música imediatamente.”

Família de George Harrison

George Harrison. — Foto: Max Nash/AP

Na Convenção Nacional Republicana de 2016, a música “Here Comes the Sun”, dos Beatles, foi reproduzida para a entrada de Ivanka Trump no palco. Dias depois, o espólio de Harrison expressou seu descontentamento nas redes sociais.

“O uso não autorizado de ‘Here Comes the Sun’ na Convenção Nacional Republicana é ofensivo e contra a vontade do espólio de George Harrison. Se tivesse sido ‘Beware of Darkness’, então TALVEZ teríamos aprovado”, publicou o espólio do músico.

Rihanna

Rihanna. — Foto: Vianney Le Caer/Invision/AP

Em 2018, a música “Don’t Stop the Music”, de Rihanna, foi reproduzida em um comício em Chattanooga, Tennessee. Na época, a equipe da cantora enviou ao então candidato uma carta do tipo “cease and desist”, ameaçando uma ação legal.

No documento, a equipe de Rihanna afirmou que o uso da música não foi autorizado e seu uso era, portanto, “impróprio”.

Foo Fighters

Foo Fighters. — Foto: Luiz Gabriel Franco/g1

Em agosto, a música “My Hero”, dos Foo Fighters, foi reproduzida em um comício de Trump em Arizona. A faixa foi usada como trilha sonora de um momento em que Robert F. Kennedy Jr. declarou o fim de sua campanha e apoio ao candidato republicano.

Nas redes sociais, fãs questionaram se o Foo Fighters havia aprovado o uso da música, e a banda negou. Segundo a “Rolling Stone”, a banda confirmou que o uso não foi autorizado e acrescentou que os royalties dessa utilização seriam doados para a campanha de Kamala Harris.

Família de Prince

Prince. — Foto: Reprodução/YouTube

Em 2019, os herdeiros do cantor e compositor Prince criticaram a equipe de campanha do presidente americano Donald Trump pelo uso de um dos grandes sucessos do artista falecido, “Purple Rain”, em um comício em Minnesota – estado de Prince.

Poucas horas depois do evento, o fundo que administra o patrimônio de Prince publicou nas redes sociais que a equipe de Trump usou a canção “apesar de ter confirmado há um ano que a campanha não usaria a música de Prince”. O post foi acompanhado pela imagem de uma carta com data de 15 de outubro de 2018, na qual um advogado da campanha de Trump afirmava que o presidente não usaria a música de Prince em seus eventos.

“Nunca daremos permissão ao presidente Trump para usar as canções de Prince”, completa a mensagem.

Neil Young

Neil Young durante apresentação em Washington em novembro de 2015. — Foto: REUTERS/Joshua Roberts/Arquivo

Imediatamente após anunciar o plano de concorrer à presidência, Trump reproduziu a música “Rockin’ in the Free World”, de Neil Young. A faixa também tocou em comícios do candidato republicano nos anos seguintes.

O músico expressou descontentamento com o uso não autorizado de suas músicas e, em 2020, tentou processar Trump por isso. Segundo a “Rolling Stone”, meses depois, o músico desistiu voluntariamente desse processo.

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