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Barroso nega impedimento de Moraes no caso do vazamento de mensagens

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, rejeitou nesta terça-feira (27) um pedido para que fosse declarado o impedimento do ministro Alexandre de Moraes para atuar na investigação preliminar que apura o vazamento de mensagens de seus assessores no STF e no Tribunal Superior Eleitoral.

O ministro analisou um pedido feito pela defesa de Eduardo Tagliaferro, um perito criminal que chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, quando Moraes comandava a corte eleitoral. Os advogados dele também pediram que a apuração do caso fosse arquivada.

O pedido de impedimento surgiu após reportagem da “Folha de S. Paulo” revelar que o gabinete de Moraes teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como um braço investigativo, solicitando informalmente relatórios que embasassem medidas criminais contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

As mensagens, segundo a reportagem, foram trocadas entre agosto de 2022 e maio de 2023 por auxiliares de Moraes, incluindo o juiz instrutor Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro, então responsável pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.

Colegas di STF, governo e PGR defenderam conduta de Moraes

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Os investigados argumentaram que o uso dessas mensagens configuraria um desvio de conduta por parte de Moraes, comprometendo sua imparcialidade.

No entanto, Barroso, ao rejeitar o pedido, afirmou que não há elementos suficientes que justifiquem o afastamento do ministro. Para Barroso, a atuação de Moraes no caso não apresentou indícios de parcialidade ou de interesses pessoais que pudessem influenciar suas decisões no inquérito.

A decisão de Barroso mantém Moraes à frente do inquérito das fake news, que investiga ataques à lisura das eleições de 2022 e incitação de militares contra o resultado das urnas.

Com a negativa ao pedido de impedimento, as investigações devem prosseguir sob a condução de Alexandre de Moraes, enquanto o STF continua a ser palco de discussões intensas sobre os limites da atuação judicial em processos que envolvem desinformação e ameaças à democracia.

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