O saldo ficou abaixo do registrado em junho do ano passado, que foi de US$ 10,1 bilhões. O resultado é o menor para meses de junho desde 2020, quando houve superávit de US$ 6,5 bilhões.
A balança comercial é superavitária quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, a balança é deficitária.
Segundo o governo, em junho deste ano:
- as exportações somaram US$ 29 bilhões
- as importações somaram US$ 22,3 bilhões
Saldo menor no primeiro semestre
Queda de exportações preocupa setor automobilístico
De janeiro a junho, as exportações totalizam US$ 167,6 bilhões e as importações, US$ 125,3 bilhões. Com isso, até agora foi registrado um superávit de US$ 42,3 bilhões.
Esse resultado é inferior ao mesmo período do ano passado, que foi de US$ 44,6 bilhões.
O saldo do primeiro semestre de 2024 é o pior desde 2022, quando o superávit dos primeiros seis meses foi de US$ 34,3 bilhões.
Segundo o MDIC, o volume exportado de janeiro a junho de 2024 é um recorde. No entanto, o governo destaca redução nas vendas de bens agropecuários, como soja. A queda foi de 8,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
As exportações para os Estados Unidos cresceram 12% nesse mesma comparação, enquanto que para a Argentina houve recuo de 37,6%.
O governo afirmou que a queda para a Argentina está relacionada à menor renda da população. Houve menor venda de soja, partes de automóveis e carros de passageiros.
Previsão para o ano
O MDIC voltou a rever as projeções para a balança comercial no ano. Segundo a pasta, o saldo deverá encerrar o ano com um superávit de US$ 79,2 bilhões. Antes essa previsão era de US$ 73,5 bilhões.
Se a estimativa se confirmar, será o segundo maior saldo da balança na série histórica, ficando atrás apenas do resultado do ano passado (superávit de US$ 98,9 bilhões).
As exportações devem bater recorde no acumulado até dezembro, segundo a projeção. No entanto, o aumento das importações reduzirão o superávit da balança.
O governo informou que o aumento das importações se deve ao aumento de renda da população brasileira e à maior produção industrial, que demanda mais insumos e mais investimentos (compra de bens de capital).