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Após criticar WhatsApp e X, Maduro chama chinesa TikTok de ‘imoral’ e diz que rede quer guerra civil na Venezuela

Maduro acusou os proprietários do TikTok de também promover uma guerra civil no país, que atravessa uma crise política após as eleições de 28 de julho.

“Vejam como o TikTok é imoral, acuso os diretores e proprietários do TikTok em todo o mundo de quererem uma guerra civil na Venezuela, de apoiarem o fascismo na América Latina e no mundo”, disse o presidente durante uma reunião com chefes das instituições do governo na segunda-feira (12).

A rede social, de propriedade do chinês Zhang Yiming, já se declarou alinhada ao governo do presidente chinês, Xi Jinping, do Partico Comunista do país.

Maduro diz que Tik Tok quer uma 'guerra civil' na Venezuela

Maduro diz que Tik Tok quer uma ‘guerra civil’ na Venezuela

Oposição tomará posse em janeiro, diz Corina Machado

María Corina Machado e Edmundo González, durante coletiva de imprensa em 29 de julho de 2024 — Foto: AP Foto/Cristian Hernández

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, disse nesta segunda-feira (12) que o candidato oposicionista Edmundo González assumirá como novo presidente do país em 10 de janeiro, quando termina o atual mandato do presidente Nicolás Maduro.

“González será o novo chefe de Estado e novo comandante das Forças Armadas venezuelanas, e isso dependerá do que todos nós fizermos, os venezuelanos dentro e fora do país. Depende que essa força, organização convicção e compromisso que empregamos nos últimos meses e que teve vitória contundente se mantenha forte e crescendo. E por isso sei que em 10 de janeiro teremos um novo presidente”, disse Corina Machado em entrevista a um canal de televisão.

A fala acontece em tom de pressão a Maduro em meio ao impasse na Venezuela após a eleição de 28 de julho. O dia 10 de janeiro é a data marcada para que o vencedor do pleito assuma o novo mandato, mas a perspectiva para essa cerimônia está incerta já que ambos os lados reivindicam a vitória.

Em contrapartida, a oposição diz que seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições com 67% dos votos e apresenta como prova um site criado pelos próprios opositores com mais de 80% das atas digitalizadas, às quais o grupo teve acesso por meio de representantes que compareceram à grande maioria dos locais de votação. Alguns países como os EUA e a União Europeia anunciaram que consideram González como vencedor da eleição.

Desde a eleição, María Corina Machado diz que Maduro foi derrotado e pede que ele deixe o poder. “Estamos em um momento totalmente distinto. O mundo inteiro sabe que Maduro perdeu, que foi derrotado de maneira avassaladora e que hoje pretende permanecer no poder com a maior fraude da história deste hemisfério. Isso significa que não tem nenhuma legitimidade”, afirmou em entrevista.

Corina Machado também pediu para que a pressão sobre Maduro realizada pela população venezuelana e a comunidade internacional não pare e que force o presidente a parar com a repressão. O presidente colocou as Forças Armadas nas ruas para coibir protestos contra o governo que tomaram o país.

González assumirá como novo presidente da Venezuela em 10 de janeiro, diz líder da oposição

González assumirá como novo presidente da Venezuela em 10 de janeiro, diz líder da oposição

Uma reportagem de domingo (11) do jornal americano “The Wall Street Journal” disse que os EUA estariam negociando uma possível anistia a Maduro caso ele deixe a presidência da Venezuela. Nesta segunda-feira (12), a porta-voz da Casa Branca negou que os EUA tenham feito uma oferta de anistia a Maduro desde a eleição venezuelana. (Leia mais abaixo)

Negociações com EUA por anistia de Maduro caso deixe o poder

Imprensa americana afirma que governo dos EUA tenta negociar saída de Maduro do poder na Venezuela

Imprensa americana afirma que governo dos EUA tenta negociar saída de Maduro do poder na Venezuela

Washington quer oferecer também garantias de que não perseguirá Maduro caso ele aceite reconhecer a vitória que a oposição alega ter tido nas eleições venezuelanas.

“Desde as eleições, nós não fizemos nenhuma oferta específica de anistia a Maduro ou a outros políticos. Não fizemos esse tipo de oferta a ele”, afirmou Karine Jean-Pierre.

A fala da porta-voz do governo americano, de que não houve oferta, não exclui necessariamente a possível existência de negociações por uma anistia, como noticiado pelo “The Wall Street Journal”. Nas falas dos representantes também há o acréscimo do termo “após as eleições” ao dizer que não houve oferta. Segundo fontes ouvidas pelo jornal americano, os EUA haviam feito uma oferta de anistia a Maduro em negociações secretas realizadas no ano passado em Doha, no Catar.

Os Estados Unidos acusam Maduro de conspirar com aliados para levar cocaína aos EUA e, em 2020, ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões (cerca de R$ 82,5 milhões) por informações que facilitassem a prisão do presidente venezuelano. Caso a negociação para Maduro deixar o poder seja bem-sucedida, Washington cancelaria a recompensa, diz o “The Wall Street Journal”.

Duas semanas

As eleições da Venezuela completaram duas semanas neste domingo, e a Justiça eleitoral ainda não apresentou as atas de votação para justificar o resultado.

Além da contagem paralela da oposição, uma contagem independente das atas eleitorais feita pela agência de notícias Associated Press (AP) na semana passada com base nessas atas indicou que González venceu o pleito com uma diferença de 500 mil votos.

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