Uma das fontes, um alto funcionário de segurança iraniano, disse ao jornal “The Times of Israel” que o Irã, junto com aliados como o Hezbollah, lançará um ataque direto se as negociações de Gaza falharem ou se for avaliado que Israel está arrastando as negociações.
As fontes, no entanto, não dizem quanto tempo o Irã permitirá que as negociações progridam antes de responder.
Oficialmente, nesta terça-feira (13), o Ministério das Relações Exteriores do Irã rejeitou os apelos de França, Alemanha e Reino Unido por moderação em relação a Israel, afirmando que falta aos chamados “lógica política” e que eles “contradizem princípios do direito internacional”.
Netanyahu diz que Hamas atrasa negociações
Em comunicado através da rede social X, nesta terça, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rebateu afirmações que teria acrescentado novas exigências para o cessar-fogo e disse que foi o Hamas quem exigiu 29 mudanças.
“A alegação de que o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu acrescentou novas exigências ao esboço de 27 de maio é falsa. O rascunho de 27 de julho não inclui novas condições e não contradiz o esboço de 27 de maio. Foi o Hamas quem exigiu 29 mudanças, algo a que o primeiro-ministro se opôs”, diz o post.
Conflito entre Israel e Irã
Teerã e aliados, incluindo o Hamas e o grupo xiita Hezbollah, acusam Israel de estar por trás do assassinato. O governo israelense não assumiu nem negou a responsabilidade. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse apenas que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã.
Militares israelenses estão em alerta máximo para ataque do Irã ao país
O porta-voz do ministério iraniano, Nasser Kanaani, criticou a declaração dos países europeus, destacando que o apelo ignora os “crimes do regime sionista (Israel)” e exige que o Irã não responda a uma violação de sua soberania e integridade territorial.
Segundo o “The Wall Street Journal”, Israel colocou suas forças armadas em alerta máximo, e o Pentágono enviou um submarino com mísseis guiados para a região e está acelerando a chegada de do porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35, para incrementar as defesas de Israel.
Kanaani afirmou que o governo iraniano está determinado a desencorajar Israel e fez um apelo para que os países europeus se posicionem contra a guerra em Gaza e as ações bélicas de Israel.
Promessas de vingança
EUA e países europeus tentam conter tensão no Oriente Médio; EUA envia novos veículos de guerra a Israel
“As ordens do líder supremo em relação à punição severa de Israel e à vingança pelo sangue do mártir Ismail Haniyeh são claras e explícitas… e serão implementadas da melhor maneira possível”, disse Ali Fadavi, segundo a imprensa estatal iraniana.
Já o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, afirmou na semana passada ter ligado para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para informá-lo sobre ajustes na postura das forças dos EUA e reforçar o apoio “inabalável à defesa de Israel”.