A quase um mês das eleições municipais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a eleitores, nesta sexta-feira (30) para não “desprezarem a política”, e fugirem de candidatos que condenam os demais ou se aproveitem de promessas pelo fim da corrupção.
“Vocês não desprezem a política. Toda vez que vocês verem um cara na televisão dizendo ‘nenhum político presta, todo mundo é ladrão, vamos combater a corrupção, eu que sou o bom’, esse não tem futuro, porque ele não vai durar mais do que um mandato, não vai durar”, declarou o presidente, durante evento em João Pessoa (PB).
🔎Os brasileiros irão às urnas em 6 de outubro (primeiro turno) e em 27 de outubro — nas cidades em que houver segundo turno — para eleger candidatos a prefeito e vereador nos 5.569 municípios do país.
Durante o pronunciamento, o presidente fez um apelo aos jovens presentes, para que não eles não desistam da política brasileira. E afirmou que os governantes que prometeram se eleger combatendo a corrupção acabaram sendo os “maiores corruptos” do período deles.
“Se a gente for acreditar nas mentiras, nós vimos o que aconteceu nas eleições de 2018, nós vimos o que aconteceu com a eleição do [Fernando] Collor, com a eleição de Jânio Quadros. Todo ‘bravata’ que diz que vai se eleger combatendo a corrupção, ele termina sendo o maior corrupto do período dele”, seguiu.
Lula deu as declarações durante evento em que fez anúncios de investimentos do governo federal na Paraíba, durante passagem por João Pessoa, capital do estado, nesta sexta-feira.
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Diálogo com oposição
Durante o evento, Lula também reiterou que mantém canais de diálogo abertos com políticos de todos os partidos, independente do viés ideológico e da oposição que fazem ao governo.
“Fui eleito para governar e converso com qualquer pessoa para resolve os problemas deste país. Eu não tenho preconceito, não tenho veto partidário, não tenho veto ideológico”, declarou.
O petista também citou as reações do mercado às movimentações políticas no país.”Ontem me disseram ‘o mercado tá nervoso, o dólar aumentou’. Vai custar R$ 13 bilhões. Toda vez que a gente faz alguma coisa para os pobres, o mercado fica nervoso”, disse.