- Interior
- 17 de outubro de 2024
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“Exemplo de pureza e inteligência”, diz prima de criança que morreu por H1N1 em Aparecida
APARECIDA DE GOIÂNIA Arthur Rocha sonhava em ter um patins, ganhou o presente da avó no Dia das Crianças, mas…
APARECIDA DE GOIÂNIA
Arthur Rocha sonhava em ter um patins, ganhou o presente da avó no Dia das Crianças, mas não teve a oportunidade de usar o brinquedo
Geovanna Rocha, prima de Arthur, diz que o menino era muito amado e inteligente (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
Arthur Rocha, que morreu em decorrência de H1N1, era a alegria da família e um exemplo de pureza e inteligência. É o que afirma a prima da criança de 5 anos, Geovanna Rocha. Ela conta que o menino era muito amado por todos, especialmente por sua priminha Isis, com quem compartilhava momentos de amor e rivalidade.
“Ele tinha autismo, então não lembrava muito dos amiguinhos. Mas a Isis era tudo para ele. Eles brigavam e se amavam ao mesmo tempo. Sempre juntos desde quando nasceram. Tinham só nove dias de diferença de idade”, relata Geovanna.
O menino sonhava em ter um patins e ganhou o presente da avó em celebração ao Dia das Crianças, mas não teve a oportunidade de usar o brinquedo. “Era muito inteligente. Contava os números de um a 100, sabia falar algumas palavras em inglês, sabia somar. Infelizmente, não chegou a andar no patins”, lamenta a prima.
A dor da perda se intensifica com as denúncias de negligência médica que cercam o caso. A família de Arthur afirma que os médicos o mandaram para casa sem realizar exames adequados após apresentar sintomas da gripe H1N1. “Os irresponsáveis não fizeram um teste sequer nele. Só mandaram para casa sem fazer sequer um exame”, critica. Quando finalmente foram administrados os medicamentos corretos no hospital, já era tarde demais.
Arthur foi uma das vítimas do surto de H1N1 registrado na escola onde estudava em Aparecida de Goiânia, que já contabiliza 25 casos positivos da doença. O surto começou após uma festa em comemoração ao Dia das Crianças, realizada no dia 10 de outubro.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais em 16 de outubro, a diretora da unidade escolar, Moema Davis, fez um apelo à comunidade para que os responsáveis não mandassem os filhos com sintomas para a escola. Ela também informou que a Vigilância Sanitária já esteve na unidade de ensino e que as aulas foram suspensas para evitar novos casos.